segunda-feira, 27 de junho de 2016

Lição 01 - 3º Trimestre 2016 - Conhecendo o Livro de Isaías - Jovens.

Lição 01

Conhecendo o livro de Isaías
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – TEMA, DATA, AUTORIA E LOCAL
II – OBJETIVOS DE ISAÍAS
III – CONTEÚDO DE ISAÍAS
CONCLUSÃO

1. CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO LIVROEste livro trata de um dos profetas mais celebrados do Antigo Testamento, com muita profundidade teológica, especialmente na Cristologia e na Escatologia, tendo em vista sua grande capacidade literária em ser poeta e orador, um artista de palavras, um grande estadista, reformador e teólogo. Portanto, ao mesmo tempo em que é extremamente gratificante ler Isaías, deparamo-nos com a complexidade de seus vaticínios. Desta forma, tenho consciência de que existem lacunas neste livro, o que o torna aberto a críticas, todavia me esforcei para que a mensagem do profeta fosse contextualizada, ciente da distância cultural, histórica e religiosa que nos separam do texto escrito há 2.700 anos, por este motivo também estou aberto a críticas.
Para a contextualização seguiremos o senso de justiça aguçado, que é próprio da juventude, e a sua educação para a cidadania, diante dos grandes desafios brasileiros para combater a corrupção, que tem como uma das primeiras consequências a injustiça social. Por este motivo, me ative a necessidade de tornar compreensível a mensagem de justiça e esperança de salvação contida em Isaías. Para tanto, dei especial destaque a textos clássicos do profeta: as denúncias de injustiça social, sua chamada, o servo sofredor e a vida e ministério do Messias, seguindo a divisão dos capítulos sugeridos pela editora CPAD para a lição de jovens, objetivo principal desta obra.
Os escritos do profeta Isaías são uma das mais grandiosas produções teológicas do Antigo Testamento. Sua mensagem é profunda e parte de alguém que conhecia o ambiente onde estava inserido, de modo que, tomado pela inspiração divina, foi muito assertivo nas suas profecias, especialmente as que predisseram a vinda messiânica de Jesus Cristo. Nenhum outro profeta se referiu a este fato com tantos detalhes quanto ele. Sua pregação foi marcada por uma paixão sacerdotal, descrevendo Cristo, seu serviço e sacrifício com muita clareza, sendo por isso mesmo chamado de o evangelista do Antigo Testamento ou ainda o “Evangelho de Isaías”. Seu livro também é chamado de “O livro da Salvação”, sendo uma das mais importantes obras da literatura bíblica hebraica depois do Pentateuco. O próprio Jesus leu Isaías. Portanto, tanto o conteúdo do livro quanto sua autoria são ratificados e confirmados no Novo Testamento.
O profeta tem uma beleza poética e riqueza literária ao escrever que encanta qualquer leitor, por isso também é chamado de “Rei dos Profetas”. Muitas expressões e palavras utilizadas não se encontram em nenhum outro lugar do Antigo Testamento. Dentre as mais importantes destacam-se o “Renovo do Senhor” (Is 4.2), “Emanuel” (Is 7.14), “O povo que andava em trevas viu uma grande luz” (Is 9.2), “todos se alegrarão perante ti” (Is 9.3), “seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6), “rebento do tronco de Jessé” (Is 11.1), “anunciador de boas-novas” (Is 41.27), “meu servo” (Is 42.1), “o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma” (Is 42.1), e “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5). Um dos ápices das profecias de Isaías se dá nos capítulos 52 e 53 quando ele compõe o Cântico do Servo Sofredor, cujo conteúdo salvífico aponta para o sofrimento, padecimento, morte e ressurreição do Messias.
A elaboração teológica, obviamente, segue a linha da ortodoxia professada pela Assembleia de Deus, especialmente o Método Histórico Gramatical, aceito pela maioria das igrejas pentecostais. Preocupando-se sempre em manter a inspiração, a veracidade, o vaticínio e a predição dos textos bíblicos, como histórica e doutrinariamente são ensinados. Assim, estes subsídios e lições de EBD pretendem honrar quem é “Senhor da história [e] aquele que pode permitir que o futuro seja contado com antecedência.”
I – TEMA, DATA, AUTORIA E LOCAL
Tem-se afirmado que existem duas ou três grandes porções distintas em Isaías, diferentes entre si no estilo literário e nas abordagens, embora estejam em unidade entre si. Uma que vai do capítulo 1 ao 39, outra do 40 ao 55 e outra do 56 ao 66, organizadas em épocas diferentes, chegando alguns a dizerem que poderiam ter sido escritas durante e exílio, portanto na Babilônia, e no período pós-exílico, em Jerusalém. Contra esta afirmação pode-se dizer que a mudança de estilo pode ser resultado da variação de propósito do autor, mudança do destinatário, estado de ânimo, a idade ou outra influência sobre o autor e necessariamente não indica que este seja outra pessoa. Portanto, tradicionalmente atribui-se a autoria de todo o livro a Isaías, filho de Amoz.
Antes de ser profeta, Isaías era o cronista, o que escrevia as histórias reais, do rei Uzias: “Quanto ao mais dos atos de Uzias, tanto os primeiros como os últimos, o profeta Isaías, filhos de Amós, o escreveu.” (2 Cr 26.22). Portanto, este texto bíblico confirma o fato dele ter vivido por um longo tempo no palácio real e desfrutado de privilégios reais. Esta informação aponta que o profeta, para ser cronista, era um erudito escritor que provavelmente teve uma formação escolar muito avançada em relação àquela época, demonstrando que o profeta de Deus, nos tempos bíblicos e muito mais hoje, pode perfeitamente conciliar estudos acadêmicos com unção divina, desfazendo a compreensão errônea de que os estudos ou a teologia esfriam a fé e a devoção. O leitor poderá argumentar que esta realidade é do passado, mas a prova de que é presente é o fato das igrejas pentecostais no Brasil não possuírem universidades (apenas faculdades) e não terem nenhum programa stricto sensu (mestrado e doutorado) para fomentar estudos e pesquisas sobre a teologia pentecostal, sendo esta em boa parte dependente das teologias das igrejas históricas, muitas das quais negam a experiência com o Espírito Santo nos moldes das igrejas pentecostais. A absorção de teologias cessacionistas tem ocasionado esfriamento espiritual das igrejas pentecostais na questão da liberdade à operação do Espírito Santo e desvios em relação à compreensão da atuação deste por falta de teologias pentecostais, afastando algumas igrejas desta nova maneira de ser igreja que os pentecostais trouxeram para o mundo evangélico.
II – OBJETIVOS DE ISAÍAS
O tema central de Isaías é o amor de Deus demonstrado no socorro ao seu povo através do sacrifício do Servo Sofredor, ou seja, a grande salvação de Deus, apesar da situação calamitosa. Por isso, os objetivos de Isaías ao escrever eram: falar contra a rebeldia, a idolatria e a falsa religião; denunciar a injustiça social; anunciar o juízo de Deus (o cativeiro babilônico) diante do pecado; e anunciar a vinda do Messias, o único que seria capaz de libertar o povo do pecado e trazer completa libertação. O profeta desenvolve seu conteúdo demonstrando quem é o Deus que Israel deveria servir; fala sobre o Espírito de Deus (Is 11.1-2; 32.15; 42.1; 61.1; 63.14); anuncia o Messias e discorre escatologicamente sobre a glória do Reino futuro que será perfeito com Cristo como seu rei eterno.
Os capítulos do livro foram, em sua maioria, escritos seguindo a lógica da experiência do profeta (Is 6), descrita no capítulo 7 deste livro, que vai além da simples narrativa transformadora. Ela é um esquema de várias profecias de seu livro, estabelecendo uma estrutura de pensamento da seguinte forma: (1) é exposta a santidade de Deus de forma clara (Is 6.1-4); (2) traz-se a consciência e a realidade do pecado (Is 6.5: “sou homem de lábios impuros”); (3) mostra-se a iminência do castigo divino como consequência do pecado (Is 6.5: “Ai de mim, estou perecendo”); e (4) aponta-se para uma esperança concreta de salvação (Is 6.6-7).
III – CONTEÚDO DE ISAÍAS
Os conteúdos proféticos bíblicos de modo geral apresentam as seguintes temáticas, que também estão presentes em Isaías: (1) profecia como instrução e orientação ao povo; (2) discernimento e interpretação de fatores sociais, econômicos, políticos e religiosos, presentes ou iminentes; (3) acusação, condenação e juízo; e (4) esperança e promessa de restauração com base nas alianças e na misericórdia de Deus.
CONCLUSÃO
Boa e abençoada aula e aprendizado! Será um prazer estarmos juntos neste trimestre. Em caso de contribuições ou dúvidas envie-me um e-mail para: claitonebd@gmail.com.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 01 - 3º Trimestre 2016 - O que é Evangelização - Adultos.

Lição 01

O que é Evangelização
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO
II – POR QUE TEMOS DE EVANGELIZAR
III – COMO EVANGELIZAR
CONCLUSÃO


Desde o tempo apostólico, a Igreja teve o entendimento de que a natureza da sua existência é dependente do ato de proclamar o Evangelho a toda a humanidade. Após o derramamento de Pentecostes, a Igreja não teve dúvida de que o seu caminho era proclamar com alegria e amor o Cristo Crucificado e Ressurreto a fim de que todo ouvinte quebrantasse o coração e se rendesse à soberania de Cristo (At 2.37).
A mudança de foco
Infelizmente, em muitos lugares hoje, a igreja não tem mais anunciado o Cristo Crucificado e Ressurreto, pois tem mudado o foco do seu anúncio. Ora, antigamente, a “fórmula” da pregação apostólica era resumida em “Cristo foi crucificado”, “Mas ressuscitou ao terceiro dia” e “Arrependei-vos e crede no Evangelho!”. Porém, hoje, em muitos lugares, não é mais assim. Graças a Deus, ainda há igrejas que apresentam o convite de salvação com o mesmo propósito com o qual os santos apóstolos apresentavam, honrando a Cristo e às Sagradas Escrituras. Mas, temos a incômoda sensação de que esse comportamento não é mais a regra.
Crentes, mas sem saber em que creem.
Não é difícil conhecermos pessoas que frequentam um templo e que se dizem membros de uma igreja evangélica, mas quando perguntadas sobre como Jesus Cristo foi apresentado a elas, de pronto ouviremos: “Aquele que resolve todos os meus problemas” ou “Quem me faz prosperar”; ou ainda “Aquele que me faz triunfar”. Embora não sejam teses mentirosas, esses relatos não são o testemunho que os santos apóstolos deram a vida toda, entregando as próprias vidas a fim de salvar pessoas da perdição eterna. Para a nossa tristeza, atualmente, é possível encontrar membros de igreja que nunca ouviram sobre a gravidade e a seriedade do problema do pecado.
Um convite
Por isso, o presente trimestre é um convite para a Igreja de Cristo recuperar a alegria de comunicar o Evangelho genuíno. As fórmulas são muitas! É preciso buscar todos os meios disponíveis para evangelizarmos. Não apenas o eletrônico, digital, por intermédio da televisão ou da internet, mas principalmente no relacionamento pessoal. As melhores e mais eficazes evangelizações se deram num bate papo de uma praça de alimentação, na rua, em uma casa, nas escola, num shopping, no consultório médico, na sala de aula, numa roda de colegas, no transporte público como ônibus, táxi, avião etc. O contexto muda, pois o mundo está em constante transformação, mas o objetivo da mensagem é o mesmo: apresentar o Cristo Crucificado, o Cristo Ressuscitado e fazer o convite ao arrependimento.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Lição 12 - 2º Trimestre 2016 - A Família de Jesus - Jovens.

Lição 12

A família de Jesus
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - PRÉ- HISTÓRIA FAMILIAR
II - VIDA SOCIAL
III - VIDA ESPIRITUAL
CONCLUSÃO
Deus pensou no homem e o visitou, quando uma estrela brilhava sobre Belém. Houve a encarnação do verbo, o qual entrou na história da humanidade, mudando-a para sempre. Para tanto, o Senhor escolheu uma família de carne e osso, imperfeita, para que através dela o perfeito Salvador fosse conhecido ao mundo. Essa família será o referencial nesta lição.

I - PRÉ- HISTÓRIA FAMILIAROs primórdios da família de Jesus são importantes, a fim de se ter uma visão global do projeto divino chamado Encarnação do Verbo. Para tanto, mister entender quem eram essas pessoas escolhidas por Deus, as quais comporiam a família do Redentor. Inequivocamente, tratam-se de pessoas nobres (1), não apenas pela ascendência real que possuíam, mas pelo altruísmo de suas condutas ao longo da vida.
Em várias ocasiões, entretanto, além do amor e nobreza nos gestos, observava-se a extrema coragem de José e Maria (2)... Não deixaram se vencer pelo medo nos momentos de conflitos, quando corajosamente enfrentavam o sistema político e o religioso farisaico apenas com a fé em Deus.
Outra característica marcante dos pais de Jesus era a obediência (3). Nunca acharam que um fardo, que Deus lhes pedia que carregassem, fosse considerado pesado demais. Sempre obedeciam com alegria às ordens do Senhor. Isso aconteceu quando, por divina revelação, Maria e José saíram de sua zona de conforto (a partir da anunciação pelo anjo Gabriel), abandonaram suas rotinas, e seguiram por um caminho diferente do planejado, para cumprirem o plano do Senhor.
II - VIDA SOCIALA vida da família do Filho de Deus, do ponto de vista social, foi desabastecida de bens materiais. Excluindo os presentes dos magos, tudo o mais na Bíblia demonstra que eles eram pobres (1). Ora, é de sabença curial que o serviço braçal de carpinteiro era pouco remunerado, não lhe sobrando muitos recursos financeiros... Tanto é assim que, na apresentação de Jesus, foram imoladas aves (porque eram carentes) e não cordeiros ou bezerros, que eram as ofertas dos ricos. 
Entretanto, mesmo diante da pobreza, a família do Nazareno era solidária com todos (2). Cumpriam a máxima de que "não há ninguém tão pobre que não possa dar e nem tão rico que não possa receber". A solidariedade dessa família insigne pode ser vislumbrada no evento das bodas de Caná (Jo 2) quando a "família de Jesus" resolveu um problema o qual, socialmente, eles não tinham nenhuma responsabilidade.
Também resta patente, nas Escrituras, que a família do Messias era trabalhadora (3). O carpinteiro de Nazaré, ou mesmo o filho do carpinteiro, como era chamado o Senhor por seus colegas de adolescência e conhecidos, denota um dos traços característicos da Sua família. Aliás, o próprio Jesus afirmou que o Pai trabalha até agora, e ele também (Jo 5.17).

III - VIDA ESPIRITUAL
A fé dos pais de Jesus, José e Maria, era extraordinária (1). Não era superficial, mas profunda. Sabiam, desde o início, que aquele menino seria o cumprimento de muitas profecias bíblicas (Is 7.14; 9.6) e, por isso, transformaram-no no motivo pelo qual viveriam. Mudaram, por causa do primogênito, a base da sua moradia para o Egito (aliás, essa não foi a primeira vez que o Egito abrigou o povo de Deus). Somente uma coisa justificava isso: uma comprometida fé no Senhor.
Entretanto, como nem tudo são flores na vida daqueles que servem a Deus, no curso da vida do casal José e Maria nasceram outros filhos, os quais, quando o Cristo assumiu seu ministério, tornaram-se incrédulos e zombadores (2), - uma situação, certamente, muito triste para a matriarca.
Com o passar do tempo, porém, após a ressureição do Salvador, como sói acontecer, a família de Jesus venceu a dúvida e o medo (3), sendo que alguns meio-irmãos do Senhor se tornaram baluartes da fé cristã na igreja primitiva.
CONCLUSÃOA família de Jesus, como qualquer família contemporânea, teve seus altos e baixos. Houve momentos de tensões, em que seus irmãos acreditavam que o Senhor estava fora si (Mc 3.21), em que zombaram do Redentor (Jo 7.3-5 - a inveja contaminou a muitos naquela época) mas depois entenderam que eram eles, na verdade, quem estavam perdidos. 
Arrependidos e convertidos, foram aceitos e perdoados por Deus, tendo participado do maior avivamento mundial de todos os tempos... Por isso, saíram ao mundo anunciando que Jesus Cristo era o Salvador!
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 12 - 2º Trimestre 2016 - Cosmovisão Missionária - Adultos.

Lição 12

Cosmovisão Missionária
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
II – UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
III – UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
CONCLUSÃO
Se há uma característica que podemos confirmar na carta do apóstolo Paulo aos Romanos é o sentimento missionário do apóstolo. Paulo era um homem de coração voltado para as missões. O Espírito Santo usou a instrumentalidade de Paulo para o Evangelho atingir a civilização ocidental. Por isso, podemos notar características muito profundas na visão missionária de Paulo.
A visão missionária de Paulo
O capítulo 15 de Romanos mostra a primeira predisposição de o apóstolo anunciar o Evangelho a quem nunca ouviu falar sobre ele. Neste sentido, veja a fala do apóstolo: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (v.20). A partir deste texto, uma característica essencial que brota naturalmente de Paulo é a sua forma honesta de fazer Missões em que ele jamais anunciaria Cristo onde Ele já fora anunciado. Imagine o impacto que essa visão paulina traria em nossa prática missionária nos tempos modernos!
A visão missionária que esteja voltada para as pessoas é a mais fiel em relação ao Evangelho, pois ela não está voltada para um projeto de extensão de instituições religiosas, mas simplesmente em alcançar corações e mentes que ainda não conhecem a Deus e a justiça do seu Reino. Outra característica que encontramos na visão missionária de Paulo é a esperança. Note o versículo 24: “quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia”.
De acordo com alguns estudiosos, é problemática a questão se o apóstolo Paulo chegou ou não à Espanha. Entretanto, a epístola de Clemente à Igreja de Corinto e o fragmento muratoriano (uma cópia da lista mais antiga que se tem dos livros do Novo Testamento) são considerados argumentos fortes em relação à ida do apóstolo à Espanha. Apesar do tempo, dos obstáculos do ministério e de tantas outras questões que afligiam o apóstolo, ele não deixou de ter esperança e novos planos. Mas antes, ele planejara ir à Jerusalém para ministrar aos santos (v.25). Predisposição para anunciar Cristo onde Ele não fora anunciado e esperança renovada na missão de Deus são características que brotam naturalmente da leitura da epístola paulina: “Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha” (v.28).
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016. 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Lição 11 - 2º Trimestre 2016 - A Família Segundo o Coração de Deus - Jovens.

Lição 11

A família segundo o coração de Deus
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - UMA FAMÍLIA SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
II - UMA FAMÍLIA FRACASSADA
CONCLUSÃO
O padrão moral das famílias, nos dias hodiernos, está sendo fortemente alterado pelos novos paradigmas estabelecidos pela sociedade pós-moderna. No continente europeu, berço de muitos avivamentos cristãos, por exemplo, a esmagadora maioria das famílias não cultiva mais a espiritualidade bíblica, com consequências desastrosas. Se, no passado, sem a influência das ideias contemporâneas, era difícil manter o padrão moral de Deus nas famílias, como mostra claramente a Bíblia, como achar uma família segundo o coração de Deus nestes dias? Esta resposta será estudada nesta lição, porém, decerto, como Davi foi um homem segundo o coração de Deus, também existem famílias que vivem em conformidade com a vontade do Senhor.
I - UMA FAMÍLIA SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
Existe família perfeita (1)? Eis uma pergunta aparentemente difícil para muitos, os quais consideram o termo perfeição como sendo sinônimo de impecabilidade, ausência de erro... porém não se trata disso neste caso. Quando Deus exortou Abraão a ser perfeito (Gn 17.1), e quando Jesus repetiu o mesmo mandamento no sermão da montanha (Mt 5.48), não estavam determinando que seus ouvintes nunca mais pecassem, pois o Senhor sabia ser isso impossível (1 Jo 1.8). Deus, nos dois momentos, estava determinando que seus filhos se submetessem completamente a Ele e, assim, refletiriam a imagem do Senhor (2 Co 3.18), mas não seriam necessariamente iguais ao Senhor. É como ensinava um sábio do passado: as pessoas que se colocam nas mãos de Deus "serão perfeitos como ele é perfeito - perfeitos em amor, em sabedoria, em alegria, em beleza e em imortalidade".
Estes são, exatamente, os predicados de uma família segundo o coração de Deus. O jovem cristão, destarte, deve almejar isso para sua vida... Uma família perfeita em amor, em sabedoria, em alegria, em beleza e em imortalidade... Mister lembrar que só se chega até onde a visão alcança. Se o rapaz ou a moça não tiver projetos de vida excepcionais, calcados na perfeição de Deus, dificilmente obterá resultados familiares exuberantes.? Quem está escondido em Deus deve planejar construir um lar verdadeiramente feliz (2). Não deve se contentar com menos. O maior interessado nisso tudo é o próprio Senhor.
Existe, entretanto, um grande paradoxo: viver para Deus, mas não levar a família aos pés do Senhor (3). Quanta frustração devem ter suportado os sacerdotes Arão e Eli, por perderem filhos precocemente por causa da desobediência filial. Os referidos sacerdotes souberam conduzir muitos à presença do Senhor, mas sofreram uma grande tristeza ao verem seus queridos filhos castigados drasticamente por Deus. Que os jovens, ao construírem novos lares, elejam como prioridade máxima que todo o lar esteja no centro da vontade de Deus, não acontecendo, assim, a maior contradição da vida cristã. ?
II - UMA FAMÍLIA FRACASSADA 
É possível decidir qual tipo de semente vai ser semeada no solo, porém em relação à colheita não existe opção: será o produto daquilo que foi plantado, muitas vezes mais. Assim aconteceu com o Rei Davi (1). Ele, um homem segundo o coração de Deus, tomou várias decisões equivocadas, acarretando funestas consequências, tanto na seara política, quanto pessoal e espiritual.?
No que tange aos relacionamentos (2), Davi nunca soube se posicionar corretamente. Sempre teve atitudes egoístas, principalmente em relação aos filhos, ora desprezando, ou sendo indiferente, ou relegando ao esquecimento.... Davi deixou um péssimo exemplo, que deve ser evitado.? E isso acarretou um triste fim para a família de Davi (3). Quando se observa o que aconteceu com os descendentes de um dos rei mais piedosos de Israel, é possível enxergar o perigo do descuido com os familiares. Paulo ensina que aquele que não cuida bem das pessoas de sua família, negou a fé e se tornou pior que um infiel (1 Tm 5.8).
CONCLUSÃO
O desafio de ter uma família segundo o coração de Deus deve mover a todos em busca da excelência, em todos os aspectos. O Senhor deve ter o primeiro lugar em todo o momento, nas decisões mais simples, e nas mais complexas. Não se pode esquecer do culto domésticos, dos momentos de lazer, de diálogo, de estar juntos, dentre outras coisas, para que o amor posso fluir descontraidamente, alegremente, fortalecendo os laços de fidelidade a Deus e ao próximo.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 10 - 2º Trimestre 2016 - Quando a Divisão se Instala na Família - Jovens.

Lição 10

Quando a divisão se instala na família
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - UMA FAMÍLIA ABENÇOADA
II - PROBLEMAS
III - FIM DA HISTÓRIA ?
CONCLUSÃO


INTRODUÇÃOA traição somente acontece na ambiência de relacionamentos de amizade, de consideração, de ternura. Para trair é preciso, portanto, que as pessoas sejam amigas, companheiras, confidentes. Igualmente, também, para que a divisão se concretize faz-se necessária a homogeneidade de um grupo. Fracionamento, portanto, pressupõe comunhão prévia, pois só se divide aquilo que, alguma vez, esteve junto; algo que integrava um organismo, partilhava de mesmos ideais. 
A segmentação, dessa maneira, apresenta-se com algo profundamente perturbador dentro da unidade. Ela rompe elos de fidelidade, desfaz princípios, cria novos caminhos, nem sempre melhores, mas sempre menores. Povos, instituições, famílias, que se desentendem, perdem o rumo, geralmente não alcançam seus objetivos. Nesta lição, será estudado como a divisão aconteceu na família do patriarca Isaque, e como evitar que isso se dê no seio das famílias contemporâneas, mormente naquelas que servem a Jesus.
I - UMA FAMÍLIA ABENÇOADANa Bíblia, poucas famílias demonstraram um potencial tão excelente como a de Isaque. O Senhor Deus escolheu a linhagem de Abraão, seu pai, extraordinariamente, milagrosamente, estabelecendo uma aliança eterna com o filho da promessa, nascido do ventre infrutífero de uma senhora de noventa anos, Sara, o qual foi chamado de riso, apontando para um viver abençoado em família e também para a vinda do Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (1). 
Essa pré-história familiar, pontilhada por detalhes inéditos, maravilhosos, preparados por Deus, desaguou em uma linda história de amor, construída pelo Senhor nas paragens do deserto, enquanto Isaque orava... O casamento com Rebeca (2). A vida a dois do casal Isaque e Rebeca seguia sem percalços, até que se descobriu um problema familiar histórico: esterilidade (3). Vinte anos de campanha de oração por um filho foram suficientes... Nasceram-lhes gêmeos, um presente de Deus, único caso registrado na Bíblia!
II - PROBLEMAS
Em todo "paraíso" há uma árvore proibida. Sempre, no lugar em que as bênçãos são concedidas, existem cautelas necessárias a serem tomadas, de maneira a não perverter o propósito divino. Isaque e Rebeca precisavam amar incondicionalmente os diferentes, como eram seus filhos Esaú e Jacó, entretanto eles "comeram do fruto proibido", manifestaram claras preferências filiais. Esaú era o "queridinho do papai" e Jacó vivia sob a proteção da mãe. A família entrou em rota de colisão.??Tal circunstância foi se agravando gradativamente. Com o passar do tempo, Esaú e Jacó tiveram cosmovisões distintas (2). Cada um enxergava a vida sob prismas distintos, mas tinham algo em comum: eram ambiciosos. 
Diante de tantos conflitos interpessoais, o rompimento familiar foi inevitável (3). Isaque, interpretando que chagara o tempo de sua morte, chamou o seu filho amado Esaú para a cerimônia de despedida, mas esqueceu de convidar Jacó. Indignada, a mãe Rebeca, armou um plano para que o seu filho amado Jacó fosse o abençoado. Todos os rancores armazenados ao longo de décadas eclodiram! Entre os irmãos foi instalado um clima não apenas de desunião, mas de morte. Por tal motivo, Rebeca resolveu o problema a seu modo: cristalizou a divisão na família, sem estimular o perdão, sem tentar a reconciliação. Mandou Jacó ir embora. 
III - FIM DA HISTÓRIA ?
Toda história de traição envolve fuga, seja ela física ou emocional. Ou ambas. Jacó partiu para uma terra longínqua (1)... Nunca mais teria que enfrentar o olhar de seu rancoroso irmão, nem se envergonhar com a fraca presença do inválido pai, o qual enganara vergonhosamente... Será que nunca mais? Certamente que não! Sempre haverá um retorno para aqueles que fogem. Um acerto de contas. Jacó quis varrer sua desonestidade para "debaixo do tapete" da existência, mas Deus pensava diferente: anos depois de ter constituído família, fê-lo retornar à sua terra e parentela (2). Jacó precisava resolver questões insolúveis do passado, para poder ser feliz. 
?Deus marcou o dia do reencontro entre Jacó e Esaú, como sói acontecer (3). As feridas emocionais entre os irmãos, ainda abertas, precisavam de cicatrização, e só o Senhor sabia o instante preciso para tal ajuste. Depois de lutar com Deus, entre lágrimas (Os 12.4), Jacó foi abençoado e conseguiu, no dia seguinte, o perdão de Esaú. Os elos fraternais foram restaurados. Agora, a Casa de Isaque podia seguir em frente, pois não existia mais "uma pedra no caminho": a fragmentação familiar. 
CONCLUSÃO
Os descendentes de Isaque "sentiram na pele" as funestas consequências de ficarem separados física e emocionalmente. Isso é um alerta para todos. Por isso, a família que serve a Deus deve estar atenta aos mínimos sintomas da desarmonia entre seus membros, para que tal situação não evolua para o grau mais triste da convivência: a tragédia da divisão dentro do lar. 
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 10 - 2º Trimestre 2016 - Deveres Civis, morais e Espirituais - Adultos.

Lição 10

Deveres civis, morais e espirituais
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)
II – DEVERES MORAIS (Rm 13.8-10)
III – DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)
CONCLUSÃO


O capítulo 13 de Romanos entra numa questão cara a todos os seres humanos. A história da humanidade pode ser contada a partir das sucessivas tentativas de derrubadas e soerguimentos de governos humanos. Ora, o Antigo Testamento mostra com clareza as derrubadas de impérios e reinos, e o levantamento de outros reinos no lugar daqueles abatidos. A história da humanidade também é uma história da busca e de conquista do poder.
Na época do apóstolo Paulo, o sistema de governo vigente no mundo era a Monarquia Absolutista. O poder era centralizado na pessoa do imperador de Roma. Quando o apóstolo se refere sobre a devida obediência às “Autoridades superiores”, ele se referia a autoridade civil exercida pelo governo de Roma, bem como a referência direta aos administradores do governo romano.
Um ponto que é claro na epístola, e no capítulo 13, é que as obrigações que incidem em nossa sujeição às autoridades civis, mediante ao ensino apostólico, significam fazer a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Neste sentido, devemos obediência ao governo civil porque, em primeiro lugar, toda autoridade provém da parte de Deus. Neste caso, o governo e os magistrados são responsáveis para punir o malfeitor e assegurar o bem estar das pessoas de bem (Rm 13.2-5). Outro ponto: a obediência à autoridade não pode ser apenas pelo medo de ser punido, mas pela consciência de que é uma instituição divina (13.5).
Entretanto, quando lemos a carta de Paulo aos Romanos, mais especificamente o trecho sobre as autoridades civis, nós devemos levar em conta algumas questões importantes:

1. O sistema de governo de Roma na época de Paulo não é o mesmo do atual;
2. Diferentemente da Monarquia Absolutista, hoje a maioria das nações tem o sistema de governo sob a perspectiva de leis, segundo o advento das Constituições.
3. No regime das Constituições o chefe do Estado, apesar de ser uma autoridade com poderes previstos na Constituição, não é um déspota, mas o servidor da nação com limites muito claros e delimitados segundo o sistema constitucional.
4. Se a autoridade for responsável por crime de responsabilidade ou atentar contra a probidade administrativa, a Constituição prevê caminhos para a destituição dessa autoridade.
Portanto, hoje o que caracteriza a desobediência civil é o descumprimento da Constituição e do sistema de Leis vigente em nossa nação.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016. 

Lição 11 - 2º Trimestre 2016 - A Tolerância Cristã - Adultos.

Lição 11

A Tolerância cristã
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
II – UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
III – UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
CONCLUSÃO
Um dos grandes conflitos na Igreja Primitiva era acerca da liberdade cristã. O livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 15, narra o primeiro grande conflito que poderia levar grandes prejuízos à comunhão da novata igreja. O problema teve de ser tratado no que se chamou de o primeiro concílio da igreja. Ora, por intermédio do ministério de Paulo e de outros companheiros, muitos gentios chegaram à fé. Mas havia grandes questões: o que era preciso para ser um seguidor de Jesus? Era necessário o gentio guardar toda a lei de Moisés? Conhecer e compreender a mensagem do Evangelho não seria suficiente?
O concílio da igreja chegou à conclusão de que os gentios não precisariam guardar a Lei de Moisés, senão, apenas considerar as seguintes resoluções:
1. Não comer carne de nenhum animal que tenha sido oferecido aos ídolos;
2. Não comer sangue nem carne de nenhum animal que tenha sido estrangulado;
3. Não praticar imoralidade sexual.
Estas resoluções foram recebidas de maneira amorosa pelos gentios. Mas temas dessa natureza retornaram agora no capítulo 14 de Romanos. Pois o apóstolo Paulo volta-se novamente perante o problema que já havia sido superado. Entretanto, a questão maior é que na igreja de Roma, judeus e gentios estavam convivendo mutuamente, de modo que os judeus se escandalizavam com a liberdade dos gentios. Mas que nos chama atenção neste capítulo 14 é o ensino de tolerância que o apóstolo passa a expor:
1. “Paremos de criticar uns aos outros” (v.13);
2. “Por estar unido com o Senhor Jesus, eu estou convencido que nada é impuro em si mesmo” (v.14);
3. “Mas, se alguém pensa que alguma coisa é impura, então ela fica impura para ele”. (v.14);
O apóstolo conclui o argumento da tolerância entre irmãos da seguinte maneira: “Se você faz com que um irmão fique triste por causa do que você come, então você não está agindo com amor. Não deixe que a pessoa por quem Cristo morreu se perca por causa da comida que você come. Não deem motivo para os outros falarem mal daquilo que vocês acham bom” (vv.15,16). Pois na verdade o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas vida correta, em paz e com alegria no Espírito Santo (v.17). Portanto, em nome da paz e da alegria vale a pena respeitar o diferente e aquele que não pensa da mesma forma que você. Pensar diferente faz parte da grande diversidade que há na Igreja, o Corpo de Cristo. Por isso, viva em paz! Viva com alegria!
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016.