quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Lição 13 - 4º Trimestre 2015 - José, a Realidade de Um Sonho - Adultos.

Lição 13

José, a realidade de um sonho
4° Trimestre de 2015
editado
INTRODUÇÃO
I - A HISTÓRIA DE JOSÉ
II- UM ESCRAVO CHAMADO JOSÉ
III – UM LUGAR DE REFÚGIO PARA ISRAEL
CONCLUSÃO
A história de José é uma das histórias mais belas e famosas de toda a Bíblia. É a última história de família da narrativa dos patriarcas de Israel (Gn 37.2?50.26). José é a pessoa que Deus usou para resgatar a nação de Israel da fome intensa daquela época e, assim, preservar a descendência prometida para herdar a terra de Canaã. Se você lê os capítulos 37.2 a 50.26, perceberá que se trata da narrativa mais longa de todo o livro e, principalmente, do gênero literário narrativo de toda a Bíblia.
Nesta grande seção narrativa, é possível verificar três interrupções na história: a história de Judá (Gn 38); a genealogia dos fi lhos de Israel que foram ao Egito com Jacó (Gn 46.8-27); e a bênção de Jacó (Gn 49). São três interrupções que suspenderam momentaneamente a sequência da narrativa, o que é um recurso comum no gênero literário narrativo.Nesta narrativa da vida de José, visando a preservar o povo judeu, chama atenção a ação interventora de Deus: Ele desfaz o mal maquinado pelos irmãos contra José, permitindo que o fi lho de Jacó fi casse preso por não pecar deliberadamente, mas, logo depois, o salva e o coloca entre os administradores do Egito por intermédio da habilidade de desvendar sonhos.
O capítulo 39, versículos 2, 3, 21 e 23, chama a nossa atenção para a repetição dessa expressão: “O Senhor estava com José”. A história de José tem uma importância enorme quando levamos em conta a história da salvação presente na Bíblia, por intermédio do advento do Senhor Jesus Cristo. Em José, a nação de Israel foi preservada da fome e sobreviveu, garantindo a existência do povo de Deus. O único Deus, o Deus de Israel, guiou a história do Seu povo para preservá-lo de todo o mal, a fi m de deixar o caminho livre para o advento do Cristo.
Sobre a conclusão da história de José, podemos constatar que o livro do Gênesis inicia a história bíblica com Deus como o Criador de todas as coisas; os seres humanos como a glória da criação divina, mas caídos por causa do pecado que demonstrou o quanto o mal se internalizou no homem; mas, por meio da eleição de um povo, o Senhor iniciou o Seu projeto de criação redentora que, apesar das falhas do povo, foi adiante e culminou na pessoa bendita de Jesus Cristo (Gl 4.4). O livro de Gênesis é o início de uma história de todos aqueles que creem no Senhor como o Salvador sonham e anelam em ver a consumação de todas as coisas. Que o Senhor nos permita viver nesta esperança até a Sua gloriosa vinda. Amém!
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Lição 11 - 4º Trimestre 2015 - Melquisedeque Abençoa Abraão - Adultos.

Lição 11

Melquisedeque abençoa Abraão 
4° Trimestre de 2015
editado
INTRODUÇÃO
I - MELQUISEDEQUE, REI DE SALÉM
II- ABRAÃO, O GENTIO
III – A OCASIÃO DA BÊNÇÃO
CONCLUSÃO
As narrativas sobre como Deus tratou Abraão, Isaque, Jacó e José, os patriarcas ancestrais do povo de Israel estão registras nos capítulos de 12 a 50 de Gênesis. Conhecer as raízes históricas e a formação do povo judeu é simples, a partir da leitura atenta desses capítulos que formam o Gênesis. A história de Abraão inicia com a narrativa da família do patriarca, a caminho de Canaã (Gn 11.27- 32), acrescentada de uma citação especial sobre a esterilidade de Sara, a esposa do pai da fé (Gn 11.30).
Mas os momentos principais nas narrativas sobre a vida de Abraão estão em Gênesis 12.1-9, em que Deus chama Abraão para sair da terra de Harã, após a morte do seu pai Terá, e ser enviado a uma terra estranha (v.1), prometendo fazer dele “uma grande nação”, e abençoando, assim, por intermédio dele, “todas as famílias da terra” (vv.2,3). 
Após viajar para a terra que o Senhor lhe falou, Abraão percorreu obedientemente a terra inteira. Em seguida, recebeu a promessa de Deus: “E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra” (Gn 12.7). Qual foi a reação de Abraão? Ora, edifi car um altar ao Senhor e invocar o seu nome (vv.8,9). Ao longo da narrativa sobre o patriarca Abraão, expressões como “terra prometida”, “descendência prometida”, “uma grande nação”, “bênçãos para as nações” vão ganhando corpo e materialidade. E verbos como “adorar” e “confi ar” em Deus, como único e verdadeiro, vão se constituindo como símbolo para uma adoração e uma fé adequadas ao único Deus do povo de Israel. Abaixo, veja o resumo das grandes promessas de Deus para Abraão:
AS PROMESSAS DE DEUS A ABRAÃO
Uma descendência numerosaGênesis 12.2; 13.16; 15.18
Um homem abençoadoGênesis 12.2
Um homem conhecido no mundo
Gênesis 12.2
Abraão seria uma bênçãoGênesis 12.2
Quem o abençoar será abençoado
por Deus
Gênesis 12.3
Quem o amaldiçoar será amaldiçoado por Deus
Gênesis 12.3
Os judeus são abençoados, bem como os gentios
Gênesis 12.3; 22.18; 26.4; (cf. Gl 3.16)
A descendência de Abraão ocuparia a terra de CanaãGênesis 15.18; 17.8
A eternidade da promessaGênesis 13.15; 17.7,8,13,19; 48.4
Reis descenderiam deleGênesis 17.6,8
 Deus seria o Deus de Israel para sempre
Gênesis 17.6,8
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

Lição 12 - 4º Trimestre - Isaque, o Sorriso de Uma Promessa - Adultos.

Lição 12

Isaque, o sorriso de uma promessa
4° Trimestre de 2015
editado
INTRODUÇÃO
I - ISAQUE, O SORRISO TÃO ESPERADO
II- ISAQUE, O BEM MAIS PRECIOSO DE ABRAÃO
III – O CASAMENTO DE ISAQUE
IV- ISAQUE, O BENDITO DO SENHOR
CONCLUSÃO

O nascimento de Isaque é a confirmação da promessa feita por Deus a Abraão, onde a descendência prometida viria do útero de uma mulher estéril, de sua esposa Sara. Embora a história de Isaque e de Jacó fosse contada simultaneamente, pois o relato de Jacó é contado dentro da história de Isaque (25.19?35.29), as promessas de Deus feitas a Abraão são repetidas a Isaque (26.3-5), como também para Jacó (28.13-15). 
Igualmente, como aconteceu com Sara, o Senhor abriu a madre da mulher de Isaque, Rebeca, conforme está escrito: “E Isaque orou instantemente ao SENHOR por sua mulher, porquanto era estéril; e o SENHOR ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu” (Gn 25.21). Rebeca, não concebeu apenas uma vida, mas duas nações.
No capítulo 26, Isaque repetiu o fracasso de seu pai, Abraão, mentindo sobre a sua esposa (26.6,7), pois ao invés de afi rmar ser Rebeca a sua esposa, ele disse a Abimeleque que ela era a sua irmã. Entretanto, Deus interviu na história para proteger a descendência do Seu povo e garantir o cumprimento da promessa feita a Abraão, o seu amigo (Gn 26.11,12). Isaque era o “bem” mais precioso de Abraão. Foi com esse “bem” que o Senhor provou a fé de Abraão. Isaque foi exemplarmente obediente ao seu pai, e não questionou o fato de ser a “oferta” para o sacrifício apresentado por seu pai a Deus.
O convívio com Abraão, seu pai, ensinou Isaque a se relacionar com Deus. Sabendo quem é Deus e o quão importante é viver uma vida que o honre, Isaque foi forjado “aos pés de Abraão”, pois ele daria prosseguimento à promessa: conquistar a terra de Canaã. Perceba que, até aqui, Abraão e Isaque representam aquela fase nômade do povo de Israel. Esse povo não tinha terra, não tinha casa e não tinha raízes. Viver é o grande desafi o diário. Entrava numa terra, se estabelecia nela e, logo depois, saía, iniciando esse mesmo ciclo em outro lugar. Mas, em Isaque, esta realidade começa a ser quebrada. Ele é o fi lho da promessa. É o filho da livre e não da escrava.
Com essa imagem, o apóstolo Paulo fundamentou a doutrina da Graça de Deus: “Porque está escrito que Abraão teve dois fi lhos, um da escrava e outro da livre. [...] Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós; porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz, esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque os fi lhos da solitária são mais do que os da que tem marido. Mas nós, irmãos, somos fi lhos da promessa, como Isaque” (Gl 4.22,26-28). 
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Lição 8 - 4º Trimestre 2015 - O Início do Governo Humano - Adultos.

Lição 08

O Início do Governo Humano
4° Trimestre de 2015
editado  INTRODUÇÃO
  I – UM NOVO COMEÇO
  II – O ARCO DE DEUS
  III – O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO
  CONCLUSÃO 


“A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos” – frase atribuída a Winston Churchill. Dizem alguns filósofos que a história da humanidade pode se resumir na luta pelo poder. Ou como disse Karl Marx: “A história de toda a sociedade até aos nossos dias nada mais é do que a história da luta de classes”. Se Churchil e Marx estão certos, esta não é a discussão que desejamos levantar aqui – é bom lembrar que Churchil e Marx são cosmovisões completamente distintas uma da outra, conservadorismo x socialismo. Entretanto, desde Noé e sua descendência, quando se começou a estabelecer um governo humano, até os dias contemporâneos, muita coisa aconteceu. Reinos se levantaram e reinos foram abatidos. Imperadores chegaram ao poder e imperadores foram retirados do poder. Os governos deixaram de ser uma pessoa para ser uma Carta Magna, com o advento das constituições federais. O Estado não é mais o indivíduo, como disse Luis XV da França (“O Estado sou eu”).
Tudo isso faz parte do plano de Deus para o governo humano. Nosso Senhor disse: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado” (Jo 19.11a). Nosso Senhor deixa claro que todo poder que existe no mundo foi estabelecido por Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1). A ideia bíblica de que a autoridade foi ordenada por Deus para garantir a ordem e o bom funcionamento para a sociedade é apresentada nas Escrituras desde a família de Noé, quando do novo começo da humanidade, passando pela história de toda civilização humana.
Essa é uma boa oportunidade para refletirmos sobre os governos atuais que flertam com a ditadura, com a falta de interesse de desenvolver a educação da nação e a prioridade de proteger o cidadão com estratégias de segurança pública. São questões atuais e necessárias para serem refletidas. Ainda em Romanos, o apóstolo Paulo diz: “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela” (13.3). Neste texto, está implícito que o governo, segundo a perspectiva de Deus e das Escrituras, é para fazer o bem, proteger as pessoas de bem e fazer justiça a quem for vítima de um algoz que praticar o mal. Todo poder estabelecido no mundo provém de Deus e prestará contas a Ele!
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 

Lição 10 - 4º Trimestre 2015 - A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade - Adultos.

Lição 10

A origem da diversidade cultural da humanidade
4° Trimestre de 2015
editado
INTRODUÇÃO
I - A TORRE DE BABEL
II- A CONFUSÃO DE LÍNGUAS
III- A MULTIPLICIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL
CONCLUSÃO


O capítulo 11 de Gênesis expõe a história de Babel, concluindo todos os relatos pré-abraâmicos. Além de encerrar a série de narrativas das origens, a história de Babel leva o leitor diretamente para a narrativa de Abraão e a consequente à formação do povo de Deus. A história de Babel tem como um de seus intuitos apresentar o ambiente pagão e politeísta do nosso pai na fé, Abraão. Gênesis 11 mostra que a confusão do idioma, quando Deus decidiu confundir as línguas da humanidade, ocorreu na quarta geração pós-diluviana.
O propósito por trás do relato da Torre de Babel está paralelamente ligado ao mesmo propósito da narrativa de Adão e Eva em Gênesis 3: mostrar a busca pela própria autonomia e usurpar a glória de Deus. O povo de Babel tinha o propósito de transcender às limitações humanas. Queria mostrar que não dependia do auxílio de Deus, pois buscava a glória humana, e não a divina. Isso fica claro quando fazemos uma comparação da Torre de Babelb com o Dia de Pentecoste (At 2): 
 GÊNESIS 11  ATOS 2
Babel: uma cidade edificada por homens Jerusalém: a cidade de Deus
Os homens tentam alcançar o céu
Deus Espírito Santo desceu do céu
 Confussão do idioma: os homens não mais se entendem Um único idioma: entendido por todos os presentes
O povo foi disperso
O povo se uniu de todos os lugares
A Torre de Babel representa a eterna tentativa do ser humano em ser autônomo, ser independente e dono do seu próprio destino. Mas o texto deixa claro que quando o ser humano porfi a por esse caminho, ele entra pelo caminho da morte, da rebelião contra a vontade de Deus. De outro modo, o Dia de Pentecoste representa o ideal de Deus, por intermédio da Igreja, o Corpo de Cristo, em viver uma comunhão verdadeira e uma vida que faça sentido para o ser humano. A Torre de Babel é a tentativa da emancipação do homem por si mesmo; o Dia de Pentecoste é Deus, por intermédio do Espírito Santo, emancipando o ser humano.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015.