segunda-feira, 30 de março de 2015

Lição 13 - 1º Trimestre 2015 - Jovens - EU CREIO NA VIDA APÓS A MORTE.

Lição 13

Eu creio na vida após a morte1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – EXISTE VIDA DEPOIS DA MORTE?
II – CÉU E INFERNO? (Jo 14.1-4; Lc 23.43; Mt 24.29; 2 Co 12.2,4)
III – A RESSUREIÇÃO (Mt 10.28; Lc 16.19-22; Ap 14.10,11)
CONCLUSÃO
DA MORTE PARA A VIDA
JOÃO 5.24
Na lição desta semana, aprenderemos um pouco mais concernente à morte como salário do pecado, muito embora o propósito divino para o homem seja a vida eterna (Rm 6.23). A morte surgiu como resultado do pecado cometido no jardim do Éden, e conseguintemente, levou a humanidade a queda espiritual e moral (Gn 3).
Assim como o salário é resultado do trabalho realizado pelo trabalhador, todos os que pecam recebem a morte como recompensa pelos atos ilícitos cometidos. Mas a salvação é um dom gracioso de Deus concedido imerecidamente, pois não há nada que possamos fazer que nos torne dignos de recebê-la.
Deus ama a humanidade e por esta razão, enviou o seu Filho Amado ao mundo, para que morresse no lugar dos pecadores. Assim como o cordeiro é imolado em sacrifício pelos pecados durante os cerimoniais judaicos, Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e por intermédio do seu sacrifício, a culpa do pecador é expiada (Hb 2.17; 9.28). Por conseguinte, os que creem, podem adentrar livremente no Santos dos santos e estarem plenamente em comunhão com Deus.
Tamanha graça é fruto da bondade divina para com o homem, e por meio dela, o Senhor concede a oportunidade de obterem a vida eterna, cujo propósito já havia sido predestinado para o homem desde o princípio da criação. Contudo, nem todos aceitam o convite amoroso para morar a eternidade ao lado de Cristo. Portanto, caro professor, enfatize a importância de o crente conhecer como ocorre o processo da salvação. Explique que o homem foi criado para viver eternamente em comunhão com Deus.

1. O salário do pecado é a morte
Desde o principio, a morte não era propósito de Deus para o homem, pelo contrário, o Senhor criou o homem para viver eternamente. Mas infelizmente, o episódio no jardim do Éden, resultou em sua queda e, conseguintemente, o homem perdeu os privilégios que desfrutava, inclusive, a vida eterna. Com isso, o “salário do pecado tornou-se a morte” (Rm 6.23).
O Comentário Bíblico de Mattew Henry: Novo Testamento – Atos a Apocalipse — discorre que “A morte convém a um pecador quando ele peca, assim como o salário convém a um trabalhador que fez o seu trabalho. Isso é verdade em relação a qualquer pecado. Não há pecado que pela sua natureza, seja venial (digno de perdão). A morte é o salário para o menor pecado. O pecado é aqui representado como o trabalho pelo qual o salário é pago, ou como o patrão por quem o salário á pago; todos os que são servos do pecado e realizam o trabalho do pecado devem esperar receber esse pagamento. Se o fruto for a santidade, se houver um princípio ativo de verdadeira e crescente graça, o fim será a vida eterna – um fim verdadeiramente feliz. [...]A morte é o salário do pecado, ela vem como punição, mas a vida é um dom que vem como favor: os pecadores merecem o inferno, mas os santos não merecem o céu. Não existe relação entre a glória do céu e a nossa obediência; devemos agradecer a Deus e não a nós mesmos, se chegarmos ao céu. Este é um dom ‘por Cristo Jesus nosso Senhor’”(CPAD, 2010, p.343,344).
Portanto, é somente por meio da graça e misericórdia do Senhor que alcançamos o perdão divino e o acesso novamente à vida eterna.

2. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”
Em vista disso, para que o homem tivesse outra oportunidade de vida eterna, era necessário que a culpa de seus pecados fosse expiada, ou seja, removida. Para tanto, Deus providenciou um meio pelo qual o homem pudesse ter o seu destino mudado.
Nos cerimoniais judaicos, era comum o sacrifício de um cordeiro para expiação da culpa. Ele deveria ser sem mancha, sem ruga ou defeito algum. Naquela ocasião, o pecador colocava as suas mãos sobre a cabeça do novilho perante o Senhor e, em seguida, o sacerdote o degolava. O sangue do animal deveria ser espargido sobre o altar para propiciação pelo pecado (Lv 1.3-5).
Do mesmo modo, o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário e o seu sangue vertido cumprem plenamente a exigência divina para perdão dos pecados. O autor desconhecido escreve aos Hebreus: “Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9.13,14). Logo, Cristo é o Cordeiro Santo que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), porque Ele mesmo se ofereceu como um sacrifício muito mais excelente do que qualquer novilho sem mancha.
Desde então, finalmente podemos, “com ousadia, entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.19-22).

3. A vida eterna por meio da graça: o propósito original de Deus
É importante enfatizarmos que a maravilhosa graça de Deus para com os homens é resultado do amor divino que Ele manifestou, enviando o seu Filho Amado a este mundo (Jo 3.16). O Senhor Deus concedeu, por intermédio de Cristo, mais uma chance para a humanidade reencontrar o caminho da eternidade perdida no Éden.
No entanto, Deus já havia predestinado um dia em que os homens desfrutariam da eternidade ao lado do Criador, pois este era o propósito original designado por Deus através de Cristo (Rm 8.29).
A Bíblia de Estudo Pentecostal comenta a predestinação da seguinte maneira: “A predestinação (gr. proorizo) significa ‘decidir de antemão’ e se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha de Deus, ‘em Cristo’, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo). [...] A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (isto é, a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (Cf. At 2.38-411; 16.31)” (CPAD, 1995, 1808-9).
Entretanto, nem todos querem receber a fé em Cristo em seu coração, e isso por diversos fatores que os tais hão de prestar contas no Dia da Vinda do Senhor. Mas aos que creem no testemunho de Cristo, terão suas vidas guardadas na eternidade ao lado de Cristo.
Considerações finais
Tendo em vista que a morte veio a ser o salário do pecado, Deus em sua infinita misericórdia e amor para com o homem, proveu a vida eterna por intermédio de Jesus Cristo. O pecado trouxe profundas marcas para o relacionamento do homem com Deus, e por esta causa, “toda a criação de Deus ficou sujeita à vaidade” (Rm 8.20). Contudo, Deus ama muito o homem e enviou o seu Filho Amado Jesus Cristo para ser a propiciação pelos pecados da humanidade, como um cordeiro santo a ser imolado (Hb 9.26,28; 1 Pe 1.19,20). Desse modo, o homem não estaria mais afastado de Deus, pois o preço pelo pecado que resulta a morte já foi pago.
Sendo assim, todos os que crêem tem o direito à vida eterna, não por causa da sua justiça, mas por quem os justificou diante de Deus, a saber, Jesus Cristo, o Justo (1 Jo 2.1,2). Portanto, que possamos levar essa mensagem de salvação às demais pessoas para que compreendam que todo aquele que entende a mensagem do evangelho e, assim crê, não entrará em condenação, “mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 13 - 1º Trimestre 2015 - Adultos - A IGREJA E A LEI DE DEUS.

Lição 13

A igreja e a Lei de Deus
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O QUE SIGNIFICA “CUMPRIR A LEI”?
II – O SENHOR JESUS VIVEU A LEI
III – A LEI NÃO PODE SER REVOGADA
IV – A LEI E O EVANGELHO
CONCLUSÃO
“UM NOVO MANDAMENTO VOS DOU”
JOÃO 14.34,35

Na lição desta semana, aprenderemos concernente à relação existente entre o cumprimento da lei no Antigo Testamento e a prática do evangelho de Cristo para a Igreja. O Senhor Jesus declarou que ele não veio ab-rogar a lei, e sim cumpri-la (Mt 5.17). Isto significa que Cristo não descartou a lei, porém deixou claro que por de trás de cada ordenança estava implícita a vontade de Deus para o homem.
Em vista disso, Cristo viveu a verdade essencial da lei, à medida que pregou a graça e o amor de Deus, convidando todos os homens ao arrependimento de seus pecados, a fim de que alcançassem o perdão divino. Logo, Jesus cumpriu plenamente todas as reivindicações da lei que o homem não pode cumprir, visto que a compreensão humana tornou-se obscurecida por causa do pecado.

Tendo em vista que o seu ensino deveria alcançar todas as camadas da sociedade, a base da pregação de Cristo só poderia ser o amor. Tal amor não possuía o aspecto humano de amar, e nem mesmo o que ensinava o judaísmo com sua religiosidade arcaica e falida. Mas o amor de Cristo era singelo e pregava “misericórdia quero e não sacrifício” (Mt 12.7). O evangelho de Cristo valoriza a lei real: “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Jesus exemplificou com a própria vida o que é amar e instruiu aos seus discípulos que deveriam praticar o amor de Deus da mesma maneira (Jo 13.34).

Sendo assim, nesta lição, o professor poderá apresentar aos seus alunos os aspectos que envolvem a relação da lei no Antigo testamento com a mensagem do evangelho de Cristo no Novo Testamento. Além disso, refletir com seus alunos acerca do modo de amar que Cristo instruiu aos seus discípulos.

I. Cristo cumpriu plenamente a lei

O caráter da pregação de Cristo consistia, exatamente em revelar o amor e a graça de Deus aos homens. Para isso, o mestre em excelência veio anunciando a palavra de arrependimento a todos os pecadores sem acepção de pessoas.

Embora os homens tenham distorcido a compreensão da lei, nosso Senhor mostrou o que eles deveriam fazer verdadeiramente: “cumprir o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé” (Cf. Mt 23.23). Cristo os repreendeu por conta da hipocrisia em que estavam imersos. O Comentário Bíblico de Mattew Henry: Novo testamento – Mateus a João discorre deste episódio: [Os Judeus] eram muito rígidos e precisos nos menores detalhes da lei, mas descuidados e relaxados nas questões mais importantes (vv.23,24). Eles eram ‘parciais na aplicação da lei’ (Ml 2.9, versão RA), escolhiam o seu dever segundo estivessem interessados ou fossem afetados. A obediência sincera é universal, e aquele que, com um princípio correto, obedece a qualquer dos preceitos de Deus, terá respeito a todos eles (Sl 119.6). Mas os hipócritas, que agem na religião por si mesmos, e não por Deus, não farão mais na religião do que servir a si mesmo” (CPAD, 2008, p.301).

De outro modo, Cristo veio a este mundo e cumpriu plenamente todas as reivindicações da lei, que o homem não pode cumprir. O apóstolo Paulo escreve em suas epístolas quanto à eficácia da lei, que tinha somente o poder de conduzir o pecador a Cristo, mas não de justificá-lo.

“Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.3,4). Isto é, Cristo fez o que não era possível para a lei fazer: se fez em carne, à semelhança do pecador, para assumir a culpa do nosso pecado, sem necessariamente ter em si, a nossa natureza pecadora.

Desse modo, o inocente morreu pelos condenados a morte, a fim de justificá-los e apresentá-los sem culpa diante de Deus. Assim, o nosso Deus revelou o seu grandioso amor e graça para com os homens.

II. A mensagem do evangelho: uma nova maneira de amar

Em vista disso, a base da mensagem de Cristo não poderia ser outra, a não ser o amor. Todavia, quando falamos amor, é notório que Cristo apresentou uma maneira de amar diferente daquela ensinada pelos doutores da lei. Na opinião destes, o amor consistia em realizar o bem para aqueles que lhes faziam o bem.

Além do mais, o pensamento rabínico da época compreendia amar o próximo como fazer o bem apenas àqueles que pertencessem à nação de Israel e professassem a mesma religião judaica. Contudo, Cristo veio quebrar estes paradigmas decorrentes de uma falsa espiritualidade e religiosidade arcaica praticada pelos lideres judeus, e ensinar que o amor de Deus não faz acepção de pessoas, não vê etnia, condição econômica ou formação acadêmica, mas ama a todos, simplesmente pelo fato do que são, e não pelo que fazem.

O evangelho de Cristo prega uma nova maneira de amar. Por esta razão, Cristo admoestou aos seus discípulos: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35).

Notemos que, Jesus não apresentou um mandamento desconhecido, ainda mais para os seus discípulos que também eram judeus. Antes, Cristo lhes mostrou uma nova maneira de amar, ou na verdade, o que é realmente amar com o amor de Deus. Ele renovou o mandamento antigo, trazendo a verdadeira essência do seu significado, para que a sua Igreja tenha o amor como vínculo da perfeição (Cl 3.14).

Dessa forma, todos saberiam que verdadeiramente aqueles homens haviam sido transformados pelo poder de Deus e agora também estariam testemunhando deste mesmo amor para todas as pessoas, sem discriminação alguma. Portanto, os que obedecem ao evangelho de Cristo e praticam o amor de Deus em verdade, estes são justos diante de Deus, pois mostram assim o fruto da fé com que foram justificados em Cristo Jesus (Rm 5.1; Ef 2.10).

Considerações finais

Concluímos que a vontade de Deus apresentada por meio do evangelho à sua Igreja, não contradiz em sua essência, ao que Deus revelou a Moisés por meio de sua lei. Antes, a lei mosaica serviu ao propósito de iluminar o homem acerca da necessidade de arrependimento e perdão divino.

Sendo assim, as reivindicações da lei foram planamente cumpridas em Cristo, que por meio do seu sangue, trouxe a remissão dos pecados dantes cometidos sob a paciência de Deus. Visto que, o que era impossível aos homens, o Senhor Jesus cumpriu para que por meio de sua obediência os que cressem alcançassem a justificação.

Ademais, a justiça de Cristo está fundamentada no amor de Deus, não compreendido de acordo com a mente humana, mas conforme o amor singelo de Cristo que se entregou em favor daqueles mesmos que o escarneciam. Que possamos, a partir da reflexão do amor de Deus manifesto em Jesus, exercer o juízo, a misericórdia e a fé, que são evidências do amor de Deus verdadeiramente aperfeiçoado no crente.



Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Lição 12 - 1º Trimestre 2015 - Jovens - Eu Creio que a Vontade de Deus é Perfeita.

Lição 12

Eu creio que a vontade de Deus é perfeita1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – O QUE É A VONTADE DE DEUS (Ef 5.17; Sl 143.10)
II – COMO DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS?
III – QUANDO OS PLANOS SE FRUSTRAM
CONCLUSÃO
A CONCRETIZAÇÃO DA VONTADE DIVINA
ROMANOS 12.2
Nesta lição, estudaremos concernente à vontade de Deus que é perfeita. O Senhor sabe o que é melhor para os seus servos e conhece o desejo do coração de cada um. Muitos têm ensinado a respeito da vontade divina com promessas de vitória, prosperidade e êxito. Como resultado, o que temos visto é uma grande quantidade de pessoas decepcionadas, até mesmo com Deus por não verem a realização da tão sonhada “promessa” se cumprir em suas vidas. Na verdade, o que assistimos é a distorção do que significam as promessas de Deus para nós.
É importante refletirmos na orientação bíblica a respeito disso, pois o Senhor é fiel em cumprir tudo o que promete aos seus filhos. Entretanto, precisamos discernir a voz de Deus e obedecermos aos seus mandamentos para compreendermos que propósito o Senhor tem para nossas vidas.
De fato, sabemos que nem tudo sucede da mesma maneira com todos, pois são poucos os que se dispõem em obedecer de forma categórica à vontade divina. A submissão ao Senhor é indispensável para que experimentemos de maneira bem-sucedida a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
Portanto, que nesta lição a classe possa refletir que Deus almeja abençoar e conceder o desejo da nossa alma (Sl 37.4). Contudo, é nossa responsabilidade honrar ao Senhor e servi-Lo com sinceridade e fidelidade.

1. O Senhor Deus nos fez promessas 
Habitualmente, ouvimos falar que Deus tem promessas a cumprir em nossas vidas. Contudo, a conotação que essa expressão possui, muitas vezes, não é genuinamente bíblica, mas repleta de palavras de vitória, de bênçãos, de prosperidade e êxito em todas as áreas da vida. Em decorrência disso, não é pouco o número de pessoas que estão frustradas ou decepcionadas, até mesmo com Deus porque não viram a tal “promessa” se cumprir em suas vidas.
Ainda existe o caso daquelas que se afastam do Caminho do Senhor por causa da dor de não verem o cumprimento de uma promessa que ouviram e acreditaram fielmente que foi Deus quem falou.
Embora seja verdade que o nosso Deus nos faz promessas, é indispensável que os crentes entendam o que a Palavra de Deus apresenta como promessa. Quando a Escritura menciona as promessas, está se referindo ao privilégio de sermos participantes da natureza divina e livres da corrupção deste mundo (Cf. 2 Pe 1.3,4); e não em relação aos nossos projetos e necessidades pessoais, muito embora, “o Senhor segundo as sua riquezas, certamente, suprirá as nossas necessidades em glória” (Cf. Fp 4.19).
Portanto, as promessas de Deus se concretizam quando exercermos, com excelência, a vocação com que formos chamados, ou seja, de salvos em Cristo Jesus para levarmos a mensagem do Reino a todos os homens (vv.9,10).

2. Discernindo a vontade de Deus 
Além disso, é preciso discernimos se realmente é o Senhor quem está falando ao nosso coração, ou mesmo, se a mensagem que nos é direcionada por algum profeta provém de Deus (1 Jo 4.1), visto que há muitas pessoas buscando a orientação divina por intermédio de “profetas”. Isso deve ser tratado com cuidado, pois o que contribui para uma vida de paz e comunhão na presença do Senhor são os preceitos e valores encontrados na Palavra de Deus (2 Tm 3.16).
O Senhor Jesus nos admoestou “a examinar as Escrituras, pois nelas encontramos as instruções que nos levarão à vida eterna, e são elas que testificam de Cristo” (Jo 5.39). Assim sendo, aprendendo a guardar a Palavra de Deus, certamente, estaremos de acordo com a vontade divina que resultará no cumprimento de todas as promessas de Deus em nossas vidas, pois o nosso Deus é fiel.
Sabemos que Deus fala conosco de diversas maneiras, porém na Bíblia não encontramos revelações específicas para nenhum de nós, salvo o que está registrado para testemunho e edificação da nossa fé (vv.20,21). As promessas específicas são resultado da nossa busca e intimidade com Deus, que segundo a sua vontade, Ele nos revela. Nesse caso, a concretização de uma promessa específica é resultado do propósito divino em nossa vida, conforme a nossa obediência e perseverança em cumprir com a nossa parte da Aliança que firmamos com Deus no momento em que aceitamos a fé.
Portanto, como diz Tiago em sua epístola: “Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.7,8). O Senhor Deus espera que haja fé e constância por parte dos seus fiéis em obedecer aos seus mandamentos.

3. A submissão à vontade divina
Assim sendo, para que a vontade de Deus se torne conhecida em nossa vida, é necessário que nos sujeitemos à autoridade divina. A obediência é primordial para vivermos a vontade de Deus. Entretanto, há muitos que não querem obedecer, e como se não bastasse, ainda esperam ver o cumprimento de promessas em suas vidas que nem mesmo o próprio Deus as fez.
Entender a vontade divina para nossas vidas requer santidade, sem a qual, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Logo, para santificarmos a nossa vida, devemos submetê-la ao ensino da Palavra de Deus, pela qual, conhecemos a ética que orienta a nossa conduta em Cristo.
Submeter-se, de acordo com o Dicionário Vine, “vem do grego hupeikõ, que significa ‘aposentar, retirar’ (formado de hupo, ‘debaixo de’, e eikõ, ‘render-se’), por conseguinte, ‘render-se, entregar-se, submeter’. É usado metaforicamente em Hb 13.17, acerca de sujeitar-se’ aos guias espirituais nas igrejas” (CPAD, 2009, p.1003).
Sendo assim, não somos chamados para vivermos mais para nós mesmos, mas para àquEle que nos salvou. “A nossa vida está escondida em Cristo” (Cl 3.3) e a Ele devemos nos sujeitar. A obediência é indispensável na vida de um servo de Deus, e o Senhor requer dos seus despenseiros a fidelidade para que desfrutem da vontade divina que é boa, agradável e perfeita (Cf. 1 Co 4.2; Rm 12.1,2).

Considerações finais
Considerando que o Senhor tem o melhor para cada um de nós, Ele revela a sua vontade por intermédio da sua Palavra. Não temos um Deus omisso que não se importa com o que acontece conosco neste mundo. Pelo contrário, um Deus presente que almeja realizar o desejo do coração de seus filhos. Apesar disso, a pregação que temos visto nos dias atuais, consiste em apresentar a vontade de Deus de acordo com as necessidades humanas deste tempo presente, e não conforme o mais necessário para a humanidade que é a salvação eterna.
Contudo, amados irmãos, o Senhor não nos faz promessas para a nossa decepção, mas deseja que obedeçamos a sua Palavra com um coração verdadeiro, para que provemos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Cf. Rm 12.2). O mais importante é discernirmos bem a voz do Senhor para não sofrermos desnecessariamente. Somos ovelhas de seu rebanho e conhecemos a voz do nosso bom Pastor (Jo 10.14). Que Deus encontre em cada um de nós, a obediência e submissão à sua vontade de modo que possamos honrá-Lo e servi-Lo com um coração verdadeiro e fiel.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Lição 12 - 1º Trimestre 2015 - Adultos - NÃO COBIÇARÁS.

Lição 12

Não cobiçarás
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O DÉCIMO MANDAMENTO
II – COBIÇA
III – A VINHA DE NABOTE
CONCLUSÃO
                                                                           A COBIÇA É RESULTADO DA CONCUPISCÊNCIA HUMANA
1 JOÃO 2.15-17
Na lição desta semana, refletiremos a respeito de um pecado que é resultado da própria natureza humana decaída: a cobiça. Vemos nos dias atuais a constante maldade com que o homem emprega forças para adquirir o que não lhe pertence. Tal conduta é proveniente do pecado impregnado na carne do homem, decorrente da sua queda no jardim do Éden (Gn 3). A partir de então, a concupiscência, ou seja, o desejo desenfreado pelo prazer levou o homem a afastar-se de Deus, e, por conseguinte, todos os seus sentidos e a própria razão se tornaram corrompidos para entender a vontade divina.
De acordo com o apóstolo João em sua primeira epístola, o pecado se forma a partir de três aspectos essenciais do mundanismo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. O apóstolo também os qualifica como desejos transitórios; porém os que fazem a vontade de Deus permanecerão para todo sempre (1 Jo 2.16,17).
De outro modo, para que a natureza humana fosse restaurada da sua condição decaída, o Criador manifestou a sua graça por intermédio de Cristo Jesus, concedendo ao homem, uma nova oportunidade de salvação e reconciliação com Deus. Assim sendo, na lição desta semana, o professor poderá explicar à classe, de que maneira o pecado assume forma na natureza humana, e qual o tratamento que Deus providenciou para que o homem alcançasse o perdão divino e a solução para o pecado.

I. Como ocorre a cobiça na natureza humana
Em decorrência da sua queda no jardim do Éden, o homem perverteu a sua natureza santa criada por Deus e tornou-se pecador. Desde então, afastou-se do Criador e, com isso, todos os seus sentidos tornaram-se corrompidos e o seu pensamento obscurecido para compreender a vontade divina. Desse modo, para que o pecado dominasse a natureza humana, era necessário que o homem se permitisse ser engodado pela própria concupiscência (Cf. Tg 1.14,15).
O apóstolo João discorre que a concupiscência corresponde a três aspectos do mundanismo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (Cf. 1 Jo 2.16,17). De acordo com o Comentário Bíblico Mattew Henry: Novo Testamento – Atos a Apocalipse, “As coisas do mundo, portanto, são distinguidas em três classes, de acordo com as três inclinações predominantes da natureza depravada:

(1) A concupiscência da carne. A carne aqui, sendo distinguida dos olhos e da vida, refere-se ao corpo. A concupiscência da carne é, subjetivamente, o capricho e apetite dos prazeres carnais; e, objetivamente, todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres da carne. Essa concupiscência é comumente chamada de luxúria.
(2) A concupiscência dos olhos. Os olhos se deleitam com tesouros; riquezas e posses valiosas são almejadas por um olhar esbanjador; essa é a concupiscência da cobiça.
(3) Existe a soberba da vida. Uma mente vaidosa almeja toda grandeza e pompa de uma vida vangloriosa; é uma ambição desenfreada e uma avidez por honra e aplauso. A soberba da vida é, em parte, a doença do ouvido; ele precisa ser lisonjeado com admiração e aplausos. Os objetos desses apetites precisam ser abandonados e renunciados; como eles atraem e dominam a afeição e desejo, eles não são do Pai, mas do mundo (v.16)” (CPAD, 2010, p.915).
Com efeito, o pecado assumiu lugar na natureza do homem, resultando em sua morte (Cf. Rm 6.23). Porém, quanto àqueles que renunciam a carne, a fim de obedecerem a vontade divina, desfrutarão da vida eterna ao lado dAquele que fez a promessa e é Fiel para a cumprir (Cf. 1 Jo 2.17; 1 Ts 5.24).

II. Deus deseja restaurar a humanidade
Contrapondo o declínio pecaminoso em que o homem havia imergido, o Senhor Deus manifestou a sua graça e misericórdia, trazendo a oportunidade de uma vida nova ao homem. Como bem sabemos, o primeiro homem pecou e por ele entrou o pecado no mundo, e o pecado trouxe consigo a morte (Rm 5.12).
A partir de então, toda a humanidade carrega a semente do pecado em sua carne, e, por conseguinte, todos morrerão, pois este é “o salário do pecado” (Rm 6.23). Mas Deus, pelo seu imenso amor com que nos amou, manifestou a sua graça através de Jesus Cristo, e nos concedeu a oportunidade de obtermos o perdão de nossos pecados e a salvação mediante a fé (Ef 2.8).
O declínio do homem se deu quando este se entregou a cobiçar o que não lhe era de direito, com o propósito de satisfazer seus prazeres carnais. Desse modo, o homem negligenciou a comunhão com Deus e se fez pecador (Gn 3.6). Em razão disso, Cristo veio a este mundo para restaurar a capacidade de entendimento humana e renovar os seus sentidos, a fim de que o homem torne a compreensão da verdade por meio da Palavra de Deus.
Logo, o que deve ser mudado dentro do homem é o egoísmo de um coração que só pensa em suas necessidades. Disso procedeu a cobiça que levou Eva a admirar aquele fruto que Deus havia proibido ao homem de comer (Gn 2.16; 3.6,7).
Portanto, muitos são os fatores que levaram o homem a imergir no pecado; mas, por certo, a cobiça aparece aqui como o ponto determinante que levou a humanidade ao caos em que ela se encontra nos dias atuais.

Considerações finais
Concluímos, pois, que a natureza humana é má, devido à sua predominante inclinação ao pecado. Em decorrência da cobiça, da conivência com as concupiscências que guerreiam em sua carne, o homem se tornou escravo do pecado (Rm 7.15-24. Contudo, o Senhor Deus que é riquíssimo em misericórdia, manifestou a sua graça pelo seu imenso amor, e entregou o melhor que tinha, isto é, Jesus Cristo, o seu Filho amado para morrer na cruz do Calvário, a fim de que alcancemos o perdão de nossas ofensas.
Por esta razão, não necessitamos mais de nos submeter à vontade da carne, pois agora temos o Espírito Santo que nos orienta através da Palavra de Deus, a andarmos de acordo com a vontade divina; e mediante a fé, somos justificados de toda culpa do pecado (Cf. Rm 5.1).
Assim sendo, devemos sujeitar as nossas vidas ao senhorio de Cristo, pois é Ele quem nos guia a fazer a vontade do Espírito e a renunciarmos aos desejos egoístas e carnais que antes dominavam a nosso pensamento. Portanto, que possamos exercitar a nossa fé e ocuparmos o nosso tempo com as coisas que são do Alto, pois isso será proveitoso para a nossa edificação espiritual e santificação (Cf. Fl 4.8,9).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

sábado, 14 de março de 2015

Lição 11 - 1º Trimestre 2015 - Jovens - EU CREIO NO JEJUM E NA ORAÇÃO.

Lição 11

Eu creio no jejum e na oração1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – BUSCANDO A DEUS EM ORAÇÃO
II – O JEJUM NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
III – O JEJUM E A ORAÇÃO QUE AGRADAM A DEUS
CONCLUSÃO
A IMPORTÂNCIA DO JEJUM E DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE.
MARCOS 9.29

Na lição desta semana, estudaremos a respeito de algumas práticas deixadas por muitos crentes nos dias atuais: o jejum e a oração. Há crentes que chegam a afirmar que Deus aboliu o jejum e que não precisamos mais jejuar. Contudo, a Palavra de Deus nos ensina que Cristo recomendou aos seus discípulos, estarem preparados, pois as castas de demônios que teriam de enfrentar, só poderiam ser combatidas por intermédio de muito jejum e oração (Mc 9.29). Sendo assim, é indispensável que os crentes busquem o fortalecimento espiritual por meio de uma vida consagrada e cheia do Espírito Santo.
Nesse caso, o jejum e a oração são importantes recursos que contribuem para o revestimento espiritual do crente. Tendo em vista que a missão ministerial de pregar a Palavra da justiça exige de seus servos a habilidade de saber suportar as ofensivas espirituais do mal, e, por conseguinte “destruir os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). Portanto, nesta lição, o professor poderá ensinar seus alunos a respeito da importância de se fazer uso do jejum e da oração como recursos indispensáveis na batalha contra as hostes espirituais da maldade que se levantam contra o trabalho realizado pela Igreja do Senhor (Cf. Ef 6.10-20).

1. O jejum e a oração para o crente

Há muitos crentes que não creem mais que o jejum seja uma prática de importante valor espiritual nos dias atuais, e nem mesmo a oração seja um exercício relevante em nossos dias. No entanto, o Senhor Jesus, quando ainda estava com seus discípulos, admoestou a respeito da importância do jejum e da oração, como importantes recursos para combater as hostes espirituais que guerreiam contra a Igreja (Cf. Mc 9.29).

Embora a Igreja esteja em um espaço geográfico e material, sua atuação deve ser consistente, principalmente, no campo espiritual. A Bíblia de Estudo Pentecostal comenta o episódio de Cristo ensinando os seus discípulos em relação ao jejum e a oração: “Jesus não está dizendo aqui que, para a expulsão de certo tipo de espírito imundo, era necessário um período de oração e jejum. O princípio aqui é outro: onde há pouca fé, há pouca oração e jejum (Mt 17.19,20). Onde há muita oração e jejum resultante da dedicação genuína a Deus e à sua Palavra, há abundância de fé. Se os discípulos tivessem uma vida de oração e jejum como Jesus, poderiam ter resolvido esse caso” (CPAD, 1995, p.1478).

Em razão disso, os crentes devem estar revestidos da armadura de Deus (Cf Ef 6.10-20), preparados para atacar o campo do inimigo e, assim salvar almas para o Reino de Cristo. Sabendo que, o preparo espiritual é fundamental para que a Igreja suporte as tentações e perseguições que advêm em decorrência da pregação do evangelho (Cf. Mt 5.11,12). Portanto, o jejum empregado nessas circunstâncias é enriquecedor para a vida cristã, visto que contribui para a intimidade e consagração do homem a Deus.

2. O desempenho da missão ministerial

Além do fortalecimento espiritual do crente para enfrentar as adversidades e os ataques diabólicos que advém diariamente, o jejum e a oração são importantes recursos para que o servo de Deus possa desempenhar a missão ministerial de pregar a Palavra de Deus. Nossa missão consiste, exatamente, em destruir os investimentos que Satanás opera, a fim de perpetuar o engano e a ignorância na mente das pessoas para que não compreendam a verdade do evangelho. Por esta razão, a nossa fé deve está fortalecida na Palavra, e não somente no que concerne ao conhecimento, mas também à obediência da Palavra de Deus.

À vista disso, o jejum e a oração contribuem também para a intimidade do crente com Deus. De fato, quando estamos em período de abstinência de alimento e, tão somente, concentrados em oração, ficamos mais sensíveis a ouvir e compreender as coisas que se discernem espiritualmente (Cf. 2 Co 2.14). O Dicionário Bíblico Wycliffe relata esse aspecto do jejum: “Como um acompanhamento à oração, o jejum é frequentemente algo desejável ao homem piedoso, e não meramente uma questão de rigorosa autodisciplina. Durante um jejum, as faculdades mentais e espirituais da pessoa parecem mais alertas e mais sensíveis ao Espírito de Deus, e a intercessão parece mais fácil, mais eficaz. Assim Davi jejuou enquanto orava por seu filho doente (2 Sm 12.16-23), e até mesmo por seus adversários, quando estavam enfermos (Sl 35.13). Neemias também jejuou quando intercedeu por Israel (Ne 1.4-11). Os primeiros cristãos pensavam que o jejum era benéfico enquanto buscavam a vontade e a direção de Deus (At 13.2,3; 14.23). Durante um período de três semanas de autoquebrantamento, e buscando entender o futuro, Daniel não comeu nenhum manjar desejável, isto é, iguarias, nem carne nem vinho (Dn 10.2,3). Tal jejum parcial pode ser ajuda eficaz para a concentração espiritual e para a oração” (CPAD, 2010, p.1017).

Assim sendo, o jejum e a oração são importantes ferramentas que não podem ser abandonadas pelos que servem a Deus. Visto que o nosso desempenho ministerial é fortalecido quando nos preparamos adequadamente para cumprir a missão que nos foi incumbida: pregar o evangelho (Mt 28.19,20; Ef 6.10-20).

Considerações finais

Convenhamos que, uma vida espiritual saudável é resultado de consagração e obediência à Palavra de Deus. Embora muitos considerem o jejum e a oração, práticas desnecessárias nos dias atuais, todavia, Cristo confirmou que chegariam dias que seus discípulos jejuariam (Lc 5.33-35). O cenário atual em que a Igreja está inserida nos remete a pensar que, clamar não é o bastante. Precisamos jejuar e humilhar o nosso coração na presença de Deus, a fim de que Ele entre com providência e mude a nossa realidade.

Tendo em vista que a nossa missão não pode ser realizada de qualquer maneira, jejuar e orar faz parte da preparação do crente para a realização do chamado ministerial, e tais recursos não podem ser dispensados. Portanto, que possamos separar momentos para o devocional e consagração a Deus, pois certamente esta atitude trará um bom efeito em nossa vida espiritual, e certamente, nos ajudará a suportar as diversas batalhas que temos de travar diariamente contra o inimigo de nossas almas.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 11 - 1º Trimestre 2015 - Adultos - NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO.

Lição 11

Não darás falso testemunho
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O NONO MANDAMENTO
II – O PROCESSO
III – A VERDADE
IV – O CUIDADO COM A MENTIRA
CONCLUSÃO
DEUS ABOMINA O QUE SEMEIA CONTENDA ENTRE IRMÃOS
PROVÉRBIOS 6.19.
Na aula desta semana, aprenderemos concernente ao nono mandamento que diz respeito à prática do falso testemunho. Toda desobediência é pecado e desagrada a Deus, porém os que fazem uso da mentira a fim de danificar a imagem do seu próximo, ou mesmo provocar desavença entre os irmãos, tornam-se execráveis perante o Senhor. Visto que Deus abomina tais práticas e não terá por inocente o que se comporta de tal maneira com o seu semelhante, pois todos terão de prestar contas a Deus, por cada palavra ociosa proferida durante o tempo de vida neste mundo (Mt 12.35-37).
Não obstante, o propósito divino para o homem não é a sua destruição, e sim que viva em santidade perante o Senhor e preserve a comunhão com os demais irmãos, pois “se não amamos ao próximo que estamos vendo, como amaremos a Deus, a quem não vemos?” (1 Jo 4.21). Assim sendo, o que pratica o mandamento real de amar o seu semelhante, certamente, não haverá de desmoralizá-lo. Portanto, professor, ressalte que, o hábito ilícito de dar falso testemunho contra o próximo deve ser rejeitado pela Igreja. O corpo de Cristo não deve permitir que a maledicência e práticas semelhantes a esta danifique a comunhão entre os irmãos.

I. O que semeia contenda entre os irmãos

À vista do que ordena o nono mandamento, o Senhor Deus não aprova o comportamento de determinadas pessoas que, mesmo dentre os fieis, fazem uso da mentira para danificar a imagem do seu próximo. O apóstolo Paulo exorta à Igreja de Corinto, com respeito às atitudes pecaminosas que toleravam no seio da Igreja: “Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?” (1 Co 3.2,3). Sendo assim, os que também querem provocar desavenças e contendas entre os irmãos, tornam-se execráveis perante o Senhor, ou seja, aborrecíveis, filhos da desobediência (Jd 14-16).

Infelizmente, mesmo tendo o conhecimento da Palavra, aqueles irmãos ainda permitiam que as obras da carne prevalecessem em suas vidas. Todavia, como exortou o apóstolo Paulo, não era essa a vontade de Deus para os seus filhos, e sim que buscassem o arrependimento sincero e a santificação, a fim de que a comunhão com Deus e com os demais irmãos fosse preservada.

Como mostra a Palavra de Deus, os que tais coisas fazem, ainda são carnais e não estão experimentados na Palavra da Verdade (Hb 5.12,13). Porquanto, precisam aprender um pouco mais acerca do amor de Deus que nos ensina “a suportar uns aos outros, perdoando-nos uns aos outros em amor; assim como Cristo nos perdoou, assim também devemos fazer com o nosso semelhante” (Cf. Cl 3.13).

E por mais difícil que seja, temos que suportar as diferenças, a fim de mantermos a comunhão com Deus e com os irmãos. Portanto, o que profere palavras enganosas e semeia contenda entre os irmãos, está se comportando de maneira carnal e, certamente, ainda não compreendeu o incomensurável amor que Deus tem pela sua Igreja.

II. Deus abomina a prática da maledicência

Tendo em vista que Deus abomina a prática da maledicência, a intriga e a fofoca, pois tais coisas são ofensivas a Deus, Ele não terá por inocente, os que se comportam de tal maneira contra o seu semelhante. A Bíblia nos ensina que, todos terão de prestar contas a Deus por cada palavra ociosa proferida durante o tempo de vida neste mundo (Mt 12.35-37). Nesse caso, os que se dão a falar mal do seu próximo, assim como os que pronunciam palavras ofensivas contra a reputação de alguém, certamente, não ficarão impunes diante de Deus no Dia do Juízo que está reservado para os filhos da desobediência (Cf. Ap 21.8).

Semelhantemente, o texto bíblico de Provérbios 6.16-19, discorre que tais atitudes são abomináveis para Deus. O Dicionário Vine relata um significado específico para a palavra abominação: “a expressão tô ‘ebãh é usado na esfera da jurisprudência e das relações familiares ou tribais. Certos atos ou características são destrutivos da harmonia societária e familiar; tais coisas e pessoas que as fazem são descritas pala palavra tô ‘ebãh: ‘estas seis coisas aborrece ao Senhor, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, e língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente, e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para o mal, e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.19-19). Deus diz: ‘O pensamento do tolo é pecado, e é abominável aos homens o escarnecedor’ (Pv 24.9), porque ele espalha sua amargura entre o povo de Deus, rompendo a unidade e a harmonia” (CPAD, 2009, p.27).

Portanto, é imprescindível que a comunhão seja preservada e guardada para que a Igreja se mantenha saudável, e assim seja relevante para a sociedade em que está inserida.

III. O propósito divino para o homem: a santidade e a comunhão

Muito embora, notemos que a humanidade tenha declinado moralmente e perdido a pureza do jardim do Éden, o propósito divino para o homem não é a sua destruição. Antes, o Senhor Deus criou o homem para que viva em comunhão e santidade com Deus e com os demais irmãos. A orientação bíblica encontrada na carta aos efésios é direcionada aos que já possuem o conhecimento da verdade: “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).

Desse modo, a nova vida em Cristo deve afastar da conduta dos novos convertidos, tudo aquilo que não é agradável a Deus. O pensamento falso, a mentira, a falta de amor, o desrespeito para com o próximo, o mexerico, a fofoca e coisas semelhantes a estas devem ser evitadas para que a comunhão no seio da igreja seja preservada. O apóstolo Paulo declara na segunda carta a Timóteo: “Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto” (2 Tm 2.16,17). Palavras mal ditas ou mesmo pronunciadas em momento errado não edificam, e o apóstolo compara tais expressões a “uma enfermidade que causa a morte de determinados tecidos ou órgãos do corpo e que vai levando paulatinamente à destruição de todo o organismo” (Dicionário Eletrônico Houass da Língua Portuguesa – Nota).

Do mesmo modo, a Igreja é o corpo de Cristo, um organismo vivo que não pode adoecer. Se tais práticas tornam-se corriqueiras na conduta dos crentes da comunidade cristã, por certo é hora de revermos os conceitos e valores que norteiam a nossa vida espiritual.

Portanto, Deus espera que a sua Igreja preserve a comunhão entre os irmãos, e pratique o amor que é o vinculo da perfeição, pois os que possuem esta consciência, certamente cuidarão de evitar que qualquer palavra indevida comprometa a harmonia da Igreja.

Considerações finais

Assim sendo, que possamos como Igreja de Cristo, cumprir a admoestação de Tiago: “Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19). Visto que a palavra que sai da nossa boca deve ser para a edificação do nosso próximo, e nunca para a destruição. Porquanto, o nosso Deus promete que chegará um dia em que Ele trará a juízo todas as obras, quer sejam boas ou más, assim como toda palavra sem sentido dita pelos homens (Mt 12.36).

Tendo em vista que, não há nada que entristeça mais o coração de Deus do que a quebra da comunhão entre os seus filhos, e isso provocada pela intolerância e falta de amor daqueles que se dizem servos da justiça, quando na verdade, estão prestando um serviço a Satanás, a partir do momento em que semeiam contendas e divisões entre os irmãos.
Portanto, que possamos viver uma vida cristã de maneira que, em tudo sejamos encontrados como obreiros aprovados que manejam bem a Palavra da Justiça e não têm do que se envergonhar (Cf. 2 Tm 2.15).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.