quinta-feira, 21 de março de 2013

Lição 12 - 1º Trim. 2013 - Elizeu e a Escola dos Profetas.


Lição 12

ELISEU E A ESCOLA

DOS PROFETAS

24 de março de 2013 

TEXTO ÁUREO

“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2 Tm 2.1-2).  

VERDADE PRÁTICA

A escola de profetas objetivava a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO

                                                                                           
O contexto histórico do nosso texto áureo está na aflição de Paulo por Timóteo, exortando-o à firmeza e à constância do ministério (2 Tm 1.3 a 2.13).  
“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que á em Cristo Jesus....” – A palavra “Tu, pois, meu filho” alude a Timóteo, o supervisor geral ou presbítero responsável. É a atenção do apóstolo Paulo na exortação ao jovem obreiro Timóteo para que não viesse a falhar na execução de suas funções oficiais.

Timóteo era o obreiro ou o supervisor ideal, contrastando com Fígelo e Hermôgenes, os quais se tinham voltado contra o apóstolo Paulo “Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes” (2 Tm 1.15). Também desviaram da verdadeira fé Himeneu e Fileto, deixando o bom depósito da fé e o modelo das sãs palavras, entraram no caminho das heresias e falsos ensinos: “Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns” (2 Tm 2.14-18).
Mas Timóteo diferentemente de Fígelo, Hermógenes, Himeneu e Fileto, é chamado pelo Apóstolo Paulo de “meu filho”, ou seja, era um convertido por Paulo, e portanto, um dos seus filhos na fé, ele já declarara isso em 1 Timóteo 1.2: “a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé; graça, misericórdia e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Tal expressão nos revela o carinho e a consideração do apóstolo Paulo por seu discípulo Timóteo, como um pai orienta e cuida de seu filho, assim o apóstolo Paulo fez com o jovem obreiro Timóteo. Paulo e Timóteo compreendiam que eram parte da grande família celestial, e compartilhavam da comunhão fraternal e pessoal, certamente Timóteo compreendeu o carinho de Paulo e sabedor que Paulo era testemunha fiel do Senhor Jesus Cristo, certamente ele poderia imitar seu pai na fé. Paulo o exorta a guarda o depósito da fé: “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós” (2 Tm 1,13-14) 
“Fortifica-te na graça em Cristo Jesus...” – O apóstolo Paulo exorta a Timóteo a adquirir forças, ser forte, trata-se de fortalecimento sempre renovado, fortalecimento do homem interior. Paulo sabia que somente com a força originada na graça em Jesus Cristo é que seu filho na fé Timóteo, o jovem obreiro, resistiria a terríveis forças espirituais da maldade.
As batalhas e ataques espirituais que os obreiros cristãos, servos de Jesus Cristo, sofrem são tão grandes e contínuas que exigem o contínuo fortalecimento na graça do Senhor Jesus Cristo. De acordo com a palavra de Deus o ensino da graça-fé, o Espírito Santo é dado a fim de produzir resultados espirituais desejados, pois a graça não e alguma forma nova de lei que faça exigências as pessoas, ela emana do filho unigênito, o Messias, Jesus, o cordeiro de Deus, Paulo declara: “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2 Co 12.9).
O Espírito Santo é o nosso Consolador, ele nos confere forças através da graça do Senhor Jesus Cristo. É somente dentro e na dependência da graça é que podemos encontrar a autêntica força espiritual.
Jesus é a graça de Deus revelada, Ele é a força originária da força espiritual, através da comunhão com o Senhor Jesus recebemos o poder e forças espirituais.  A expressão “em Cristo” aparece 164 vezes nas epístolas de Paulo, isso é uma clara indicação doutrinária que a comunhão com o Senhor Jesus nos dá fortificação e nos concedeu bem estar espiritual: “Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento (Como o testemunho de Cristo foi mesmo confirmado entre vós). De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, O qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.3-8).  
“E o que de mim, entre muitas testemunhas ouviste, ...” – Paulo está orientando, ensinando e exortando a Timóteo ao sistema doutrinário do cristianismo, a fé ortodoxa, as sãs palavras, o bom depósito da fé.  
“...confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”  (2 Tm 2.1-2) – Ou seja, Paulo exorta o jovem obreiro Timóteo que em nada alterasse a mensagem que recebera, transmitindo a mensagem cristã conforme ouvira e aprendera.
Confia-a, ou seja, transmite-a, entregue-a, Timóteo deveria entregar a mensagem cristã pura, em todo o seu poder a homens fiéis, dignos de confiança, inspiradores de confiança. O apóstolo Paulo queria aludir a homens espiritualmente qualificados, aqueles amplamente ensinados na fé apostólica e bíblica, estão implícitos aqui os dons espirituais.
Homens idôneos, suficientemente adequados, apropriados, aptos, competentes, qualificados espiritualmente. Eles tinham uma missão ensinar a outros, veja a importância do ensino cristão, o discipulado, o ensino, preserva a igreja das falsas doutrinas dos homens e dos demônios.
O escritor Spencer declara: “As grandes verdades cristãs jamais tiveram permissão de ser manuseadas sem cuidado. Por assim dizer, havia uma escola de teológica cristã nos tempos do apóstolo Paulo. Sua ordem final orientava seu mui amado discípulo para que fizesse provisão cuidadosa para a escolha e o treinamento de mestres, nas congregações. Homens dispostos e capazes, zelosos e bem dotados, deveriam cuidar para que, antes de terminarem a sua carreira, possam entregar suas tochas, ainda queimando, a atletas que ocupem o seu lugar”.
Homens e mulheres que conheçam a pedagogia de Cristo: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.29), a pedagogia de Jesus é compartilhada na percepção de que o ensinador deve viver o que ensina. Paulo também fala dentro destes termos pedagógicos: Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei” (1 Co 11.1-2).  

RESUMO DA LIÇÃO 12  

GRUPO DE PROFESSORES NO CONGRESSO NACIONAL DA E.B.D. NO RIO CENTRO
R.J. - OUTUBRO 2012. ASS. DEUS MIN. BELÉM - CAMPINAS - SP - BRASIL.
 
ELISEU E A ESCOLA DOS PROFETAS  
I. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. Noção de organização e forma.
2. Noção de organismo e função.  
II. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DOS PROFETAS
1. Treinamento.
2. Encorajamento.  
III. O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. A escritura.
2. A experiência.  
IV. A METODOLOGIA DA ESCOLA DE PROFETAS
1. Ensino através do exemplo.
2. Ensino através da Palavra.  
INTERAÇÃO  
No Antigo Testamento podemos perceber que a educação religiosa tinha um lugar de destaque entre os israelitas. As Escolas de Profetas são uma prova desta verdade. Estas instituições não tinham como propósito ensinar os alunos a profetizarem. A profecia é um dom divino, por isso, somente o Senhor pode ensinar os seus servos quanto ao profetizar.
Todavia, um dos objetivos era passar às gerações mais novas a herança cultural e espiritual da nação. Na lição de hoje, estudaremos acerca da Escola de Profetas sob quatro perspectivas: a instituição, os objetivos, o currículo e a metodologia.   

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

COMPREENDER o real propósito das escolas de profetas.
SABER a respeito do currículo da escola de profetas.
RELACIONAR alguns dos métodos utilizados nas escolas de profetas.  

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 
As Escolas de Profetas tinham como objetivo a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. Os autênticos cristãos empenham-se no estudo e no ensino das Sagradas Escrituras, pois o crente que não recebe instrução na Palavra está sujeito a ser levado por todo vento de apostasia (Ef 4.14). 
ESCOLAS DE PROFETAS 
OBJETIVOS
A transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. 
CURRÍCULO
Em especial o livro de Deuteronômio, pois especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo; aprendizado prático. 
METODOLOGIA
Ensino através do exemplo. 
                                        PALAVRA CHAVE
     ESCOLA DE PROFETAS:
Instituição de ensino do Antigo Testamento cujo objetivo era a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.
Por diversas vezes, vemos a expressão “filhos dos profetas” aparecer nos livros de Reis. Os filhos, ou discípulos, dos profetas estavam radicados em Betel, Jericó e Gilgal (2 Rs 2.3,5,7,15; 4.38). O contexto dessas passagens não deixa dúvidas de que esta expressão pode ser entendida como sinônimo para escola de profetas.
O fato serve para mostrar que a educação religiosa, ou formal, já recebia destaque no antigo Israel. Ressalvamos que as escolas de profetas não tinham como propósito ensinar a profetizar. Isso é uma atribuição divina. Todavia, era um testemunho vivo de que o povo de Deus, em um passado tão distante, preocupava-se em passar às gerações mais novas sua herança cultural e espiritual. Por isso, vejamos nessa lição, a Escola de Profetas sob quatro perspectivas. 
I. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
“Escolas Hebraicas
Os profetas prestaram uma assistência à instrução religiosa do povo através de suas pregações públicas. As referências a um grupo de profeta em Ramá sob o comando de Samuel, e possivelmente em Gibeá, mesmo tendo sido chamadas de escolas de profetas não devem ser consideradas como as mais recentes escolas de escribas que caracterizavam o judaísmo.
Estas foram ocasionadas em sua maior parte pelo declínio do sacerdócio sob o comando de Eli e seus filhos, e novamente durante a monarquia (1 Sm 10.5,10; 19.20), e também da necessidade que o povo tinha de receber a instrução religiosa. Estas associações de profetas não devem ser consideradas como monásticas, mas, na verdade, existiram com o propósito de trazer à tona uma maior influência religiosa sobre sua época.
Presume-se que, no tempo de Esdras, as instituições religiosas tenham sido um esforço escolástico entre os judeus (Ed 7.10). ”Associadas ao crescimento das sinagogas e outras instituições pós-exílicas, a educação primária, como um padrão de ensino, viria a tornar-se compulsória, conforme revelado no Talmude” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.665). 
1. Noção de organização e forma. O texto de 2 Reis 6.1 mostra que essas Escolas de Profetas possuíam uma estrutura física. Eles viviam em comunidade e, portanto, careciam de espaço físico não somente para habitar, mas também onde pudessem ser instruídos:
 “Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali”. Observa-se nesse texto que a estrutura acabou ficando inadequada e um espaço maior foi reclamado. Para que se tenha uma educação de qualidade necessita-se de uma estrutura adequada. Não podemos educar sem primeiro estruturar! 
2. Noção de organismo e função. As escolas de profetas estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder espiritual que lhes dava orientação. Os estudiosos acreditam que as escolas de profetas surgiram com Samuel (1 Sm 10.5,10; 19,20) e, posteriormente, consolidaram-se com a monarquia nos ministérios de Elias e Eliseu.
No texto de 2 Reis 6.1, verificamos que os discípulos dos profetas estavam sob a orientação de Eliseu e era com este profeta que buscavam instrução. Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica. 
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica. 
II. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. Treinamento. O texto de 2 Reis 2.15,16 mostra que fazia parte do treinamento das escolas dos profetas trabalhar sob as ordens do líder, obtendo assim permissão para a execução de cada tarefa.
 Em outras situações observamos que os filhos dos profetas, quando já treinados, podiam agir por conta própria em determinadas situações (1 Rs 20.35). Na igreja o discipulado ocorre quando aquele que foi ensinado compartilha com outro o seu aprendizado. 
2. Encorajamento. Os expositores bíblicos observam que Eliseu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam.
O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito se preocuparam em transmitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.
3.- Eliseu e a Escola de profetas.  Os profetas não eram pessoas preguiçosas. Eles decidiram ampliar o local em que estavam vivendo, e para isso, não se puseram a orar e profetizar em nome do Senhor: eles se puseram a trabalhar.
Não é certo que uma pessoa que detenha um dom espiritual se utilize dele para não trabalhar, não ter uma vida produtiva, ou para ficar dependendo de terceiros para sua subsistência. Dons são dados para a edificação da igreja e não para estabelecer distinções entre quem tem e quem não tem.
Os profetas que cercavam Eliseu colocaram “a mão na massa” e foram trabalhar para que tivessem um espaço maior para viverem. E foi em um momento desses, em que esses homens estavam trabalhando, que Deus fez um grande milagre por intermédio de Eliseu: fez flutuar o ferro de um machado, que um dos alunos daquela escola deixou cair sem querer no rio.
Não podemos prever que tipos de adversidades podem ocorrer quando estamos trabalhando para o Senhor, mas podemos ter a certeza de que Deus estará sempre com conosco. Fazer flutuar o ferro de um machado não foi um ato de demonstração de poder com objetivos pessoais, mas uma oportunidade de mostrar o quanto Deus honra a fé de seus servos.
4.- Geazi e Eliseu. Eliseu demonstrou o poder de Deus com milagres realizados, mas também ensinou pelo seu próprio exemplo. Geazi era seu aluno, e convivia com o profeta, vendo milagres. Não é exagero dizer que Eliseu aprendeu muitas coisas com o convívio que teve com Elias, e Geazi também observou os atos de Eliseu.
Mas aqui cabe uma observação: Ao passo que Eliseu aprendeu coisas com Elias e teve um ministério frutífero, Geazi optou pelo caminho oposto. Na ocasião em que esteve com o capitão siro Naamã, Geazi demonstrou que não estava apto para o ministério profético pois foi seduzido pelos presentes que Naamã, já curado, ofereceu a Eliseu.
Nessa ocasião, vendo Geazi que Eliseu rejeitou os presentes de Naamã, cobiçou-os e foi atrás do siro, contando-lhe uma história piedosa. Porque Deus julgou Geazi de forma tão severa? Primeiro, porque ele foi um homem cobiçoso. Segundo, porque ficou indignado de ver Naamã ser curado e não pagar nada pela cura que recebeu. Terceiro, porque Geazi mentiu para obter os presentes que Naamã daria a Eliseu.
Quarto, não podemos usar os dons que Deus nos concede para lucrar de forma pessoal. Que essas observações nos sirvam de exemplo, para que não sejamos julgados por Deus por conta de tais manifestações de infidelidade. 
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
As Escolas de Profetas forneciam instrução e encorajamento aos alunos a fim de que eles buscassem uma melhor compreensão da Palavra de Deus. 
III. O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. A Escritura. Acompanhando o ministério de Elias, vemos que a Palavra de Deus fazia parte do conteúdo ensinado nas escolas de profetas. Dele, Eliseu recebeu essa herança. Quando se encontrava no monte Sinai, Elias queixou-se de que os israelitas haviam abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e matado os profetas do Senhor (1 Rs 19.10).
A Palavra de Deus, em especial o livro de Deuteronômio, especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo. A Palavra de Deus era e é essa aliança! Assim como Elias, Eliseu também estava familiarizado com as implicações do concerto divino. Era a Palavra de Deus que ele ensinava aos seus discípulos. É a Palavra de Deus que nós também devemos ensinar hoje. 
2. A experiência. Elias e Eliseu eram homens experientes e partilhavam com os outros o que haviam aprendido do Senhor (2 Rs 2.15, 19-22; 4.1-7, 42-44). No entanto, no contexto bíblico, a experiência não está acima da revelação divina conforme se encontra registrada na Bíblia. A Palavra de Deus é quem julga a experiência e não o contrário.
Elias, por exemplo, afirmou que suas experiências tiveram como fundamento a Palavra de Deus (1 Rs 18.36). Os mais jovens devem ter a humildade de aprender com os mais experientes e os mais experientes não devem desprezar os saberes dos mais jovens. O aprendizado se dá através do processo de interação e a experiência faz parte desse processo. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
O currículo da Escola de Profetas era em especial o livro de Deuteronômio, pois especificava os princípios e preceitos que regiam a aliança de Jeová com o seu povo. 
IV. A METODOLOGIA DA ESCOLA DE PROFETAS
1. Ensino através do exemplo. As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação. Havia uma relação entre professor e aluno na comunidade onde viviam. A educação acontecia também na sua forma oral e o exemplo era um desses métodos adotados no processo educativo.
Não há como negar que Eliseu ensinava através do exemplo. Há vários relatos sobre os milagres de Eliseu, nos quais se percebe que o aprendizado acontecia através da observação das ações do profeta. Geazi, discípulo de Eliseu, sabia que seu mestre era um exemplo de honestidade. Em o Novo Testamento, Jesus Cristo colocou-se como o exemplo máximo a ser seguido e Paulo se pôs como um modelo a ser imitado (Mt 9.9; 1 Co 11.1). 
2. Ensino através da Palavra. Eliseu não deixou nada escrito. O que sabemos dele é através do cronista sagrado. Mas esse fato não significa que o profeta não usasse a Palavra de Deus em sua vida devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de Profetas.
A forma como Eliseu julgava o comportamento dos reis, aprovando-os, ou reprovando-os, não deixa dúvidas de que usava a Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das Escolas de Profetas. Eliseu, por exemplo, mediu a iniquidade de Acabe através da piedade de Josafá. Acabe era um rei mau porque não andava conforme a Palavra de Deus, enquanto Josafá era estimado por fazer o caminho inverso. 
SINÓPSE DO TÓPICO (4)
As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do ministério de Eliseu, observamos que as Escolas de Profetas eram dedicadas ao ensino formal. Ali era ensinada a Palavra de Deus. Esse fato, por si só, é de grande relevância para nós, porque demonstra a preocupação do homem de Deus em passar a outros o conhecimento correto sobre o Deus único e verdadeiro.
Os tempos mudam e a cultura também. Hoje, sabemos que a educação secular possui grande importância e, infelizmente para muitos, é a única forma de educação existente. Não podemos negligenciar a educação secular, mas não podemos de forma alguma perder de vista a dimensão espiritual do conhecimento divino, que se encontra na Bíblia Sagrada. 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LEBAR, L. E. Educação que é Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2009. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário