quarta-feira, 25 de julho de 2012

LIÇÃO 5 - 3º TRIMESTRE 2012 - AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ.


Lição 05

AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ 

29 de julho de 2012 

TEXTO ÁUREO



Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas (1 Tm 5.3). 


VERDADE PRÁTICA



Apesar da dor e das dificuldades próprias da viuvez,
 esperar e orar são atitudes que honram ao Senhor. 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO



Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas (1 Tm 5.3). 

Nosso texto áureo desse domingo 1 Tm 5.3 está inserido no seguinte contexto (1 Tm 5.1-16):Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais; aos moços como a irmãos; As mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza. Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas. Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus. Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera de noite e de dia em rogos e orações; Mas a que vive em deleites, vivendo está morta. Manda, pois, estas coisas, para que elas sejam irrepreensíveis. Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido; Tendo testemunho de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra. Mas não admitas as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo, querem casar-se; Tendo já a sua condenação por haverem aniquilado a primeira fé. E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém. Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer; Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás. Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Timóteo 5.1-16).
O ministério como o de Timóteo envolvia relações com o povo, fazendo este defrontar-se solenemente com a verdade. Deste dever Timóteo devia desincumbir-se, mas cumpria fazê-lo convenientemente, em verdadeira afeição e com prudência. Não assenta bem num ministro relativamente jovem, como Timóteo, repreender asperamente a ninguém mais idoso que ele. A ressalva com toda a pureza (1 Tm 1.2) refere-se particularmente ao ministério de Timóteo junto às mulheres jovens. É uma de suas responsabilidades exortá-las, porém deve precaver-se de qualquer desenvoltura que tenda a interesses ou intimidades inconvenientes, ou até mesmo atitudes que sugiram isso. Em Tt 2.3-5 o genuíno ensino e aconselhamento para mulheres jovens é explicitamente confiado a senhoras crentes mais idosas: As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem;
Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (Tito 2.3-5).
 
Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas (1 Tm 5.3), o verbo “honra” do grego “timão”, significa “dar preço”, “fazer a estimativa”, “valorizar”, ou seja, “honrar”, “reverenciar”, como algo muito importante, digno de valor e atenção. No nosso texto áureo a idéia é “honra” e “respeito” em geral, com ações, com obras, com ajuda financeira e de atribuição de deveres e ofícios especial na igreja.
Viúva a Bíblia apresenta a viúva como uma pessoa necessitada em termos de proteção e sustento, e que deve ser honrada e respeitada. Desse modo, a cidade de Jerusalém, destruída, é apresentada como uma viúva. ‘Como se acha solitária aquela cidade... Tornou-se como viúva...’ (Lm 1.1).
Sob a lei mosaica, o cuidado para com a viúva era considerado uma responsabilidade dos parentes, e era um dos deveres atribuídos ao filho mais velho, que recebia a primogenitura. Com relação a viúva casar-se outra vez, se não tivesse filhos, esperava-se que ela se casasse com o irmão ou com um parente próximo do seu falecido marido, é a lei do levirato (Dt 25.5-6). Se alguém prejudicasse uma viúva ou um órfão, e esta pessoa, aflita, clamasse ao Senhor, Ele enviaria uma vingança rápida (Êx 22.22-24; Sl 146.9).
Na igreja cristã primitiva, o cuidado pelas viúvas recebeu uma pronta atenção quando ‘houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano’ (At 6.1). Sete diáconos foram escolhidos para cuidar desse importante assunto. 
Citando as viúvas como objeto de consideração e cuidado, devem ser distinguidas com essa honra e auxílio aquelas que, por um lado, são desvalidas, e, por outro, são realmente dignas. Sempre que for possível, as viúvas devem ser sustentadas por seus próprios filhos, ou famílias; é este um dever cristão óbvio, não devendo a igreja ser sobrecarregada com ele desnecessariamente “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarrege a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Tm 5.16).

Portanto, “honrar” inclui a provisão de assistência material necessária; ver o vers. 17 e Mt 15.5-6, inclui também o respeito e a atenção. Históricamente alguns documentos antigos de líderes e teólogos da igreja apontam para o destaque que se dava a viúvas, como nos escritos de Orígenes (in Joannem, ii., pág. 412) onde se percebe que eram dados assentos especiais nas reuniões e na hierarquia da igreja, também no cânon 11 do Concílio de Laodicéia se supõem a mesma ideia. Isso ocorria sem importar se as viúvas eram sustentadas ou não pela Igreja, conforme Hipólito nos mostra (Cânones, 59).

O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo aponto essa atenção e cuidado especial para as que verdadeiramente eram viúvas, isso significa que permaneciam na condição de viúva, porque infelizmente havia mulheres cujos maridos tinham falecido, portanto tinham enviuvado, mas não eram viúvas “autênticas”.

Portanto está em foco as verdadeiras viúvas, isto é, de sessenta anos de idade para cima, que tenha sido casado com um único marido, conforme 1 Timóteo 5.9-11: Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido;Tendo testemunho de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra. Mas não admitas as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo, querem casar-se” (1 Timóteo 5.9-11)..

Assim devem ser inscritas para exercerem ministério e receberem manutenção as viúvas de sessenta ou mais anos, que se tenham casado só uma vez e não pretendam casar-se de novo, tenham boa reputação como diligentes em boas obras. Mulheres mais moças não servem para esse cargo. Podem ser tentadas a casar outra vez, ou cair na cilada de se aproveitarem de visitas domiciliares para mexericos ou conversas ociosas. É melhor então que as tais tornem a casar e assumam a responsabilidade de dar à luz filhos e de tomar conta de suas próprias casas. Por esta forma podem elas mesmas ajudar as viúvas que, de outro modo, a igreja teria de socorrer. 

Claro que toda viúva, que têm parentes, deve ser por eles sustentada. Isto significa que eles, como primeira obrigação, devem aprender (isto é, fazer disso sua prática regular) a mostrar piedade filial para com membros de sua própria família, e a recompensar deste modo seus parentes ou avós. Tal procedimento é recomendável não só aos que são assim beneficiados, como também "diante de Deus", a questão de atenção a família, em especial aos mais idosos e viúvas é tão importante que o apóstolo Paulo declara exortativamente: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé é é pior do que o infiel” (1 Tm 5.8), veja que este versículo está inserido no corpo ou no contexto de nosso texto áureo (1 Tm 5.3) .

Assim a verdadeira viúva, além de ser desamparada, recomendar-se-á como digna de sustento pelo hábito adquirido de esperar em Deus, não nos homens, e de viver em freqüente oração (1 Tm 5.5). Em contraste com ela, o tipo de mulher que desperdiça a sua vida e tudo quanto esta representa, não deve ser havida como verdadeira viúva; porque, embora viva, à vista de Deus já morreu (1 Tm 5.6). A necessidade de fazer estas distinções e de manter um padrão elevado deve ser enfatizada decididamente por Timóteo, tendo em vista, não afastar do benefício algumas viúvas, mas zelar para que todas vivam irrepreensivelmente (1 Tm 5.7). Todo crente deve cuidar das necessidades dos seus parentes, e sobretudo dos membros de sua família. Se não faz isto, nega praticamente a fé que professa com a boca. E procede pior que os pagãos incrédulos, visto como estes reconhecem seu dever em tais circunstâncias.

Nos versículos 9 e 10 de 1 Timóteo 5, alguns encontram a mais antiga referência escriturística, significativa, a uma "ordem de viúvas" (muitas vezes mencionada em outros escritos primitivos dos cristãos). Estas parece que eram "mulheres anciãs", antes que "diaconisas" (ver 1 Tm 3.11) que dificilmente seriam todas de mais de sessenta anos. As responsabilidades particulares delas parece que eram cuidar de crianças, especialmente órfãs, e de mulheres mais moças. Isto envolveria visitação domiciliar. As qualificações para inscrição obviamente são rigorosas. Tais condições parecem claramente as do ministério, antes que meramente da manutenção, a menos que a referência seja a viúvas especialmente selecionadas e necessitadas, às quais se garantia sustento vitalício pela igreja local. Esposa de um só marido deve significar "casada só uma vez" e, implicitamente, comprometida a não casar outra vez.

Paulo apresenta duas razões contra a inscrição de viúvas moças. Primeiro, é imprudente fazê-las comprometer-se a não casar outra vez. Porque, querendo elas mais tarde casar-se, tal desejo, inocente em outras circunstâncias, envolverá rebelião contra o jugo de Cristo, fazendo-as condenar-se a si mesmas pelo fato de anularem seu primeiro compromisso (1 Tm 5.12).

Segundo, dar-lhes-á uma oportunidade indesejável de se tornarem tagarelas, fofoqueiras, antes que obreiras ativas (1 Tm 5.13). Paulo parece sugerir o seguinte: as mulheres moças, ainda ativas, as quais, como esposas, estiveram ocupadas com a direção de suas casas, se de repente passam a receber sustento e possivelmente um ministério que em grande parte consiste em visitas domiciliares e em exortação, podem cair na tentação de ficar preguiçosas e fofoqueiras, ocasionando complicações com a revelação de confidências.

Portanto, para evitar o perigo de dar aos inimigos ocasião de censurar os cristãos, é melhor que tais mulheres casem de novo e voltem a ocupar-se de todo com as responsabilidades de família.

No versículo 14 de 1 Timóteo 5, parece significar aqui o opositor humano típico, não o diabo. No versículo 15 Paulo apela ao testemunho da experiência para confirmação do seu juízo. Esta espécie de extravio do caminho de Cristo (1 Tm 5.11), para seguir a Satanás, tem ocorrido em alguns casos. O advérbio  sugere que os casos ocorreram no curto espaço de tempo depois que as primeiras inscrições de viúvas moças foram feitas. É também significativo por indicar que a data provável desta referência à organização eclesiástica não é, por consequência, tão tardia como à primeira vista pode parecer provável. (Adaptado dos comentários bíblicos de Wycliffe, R. N. Champlin e de J. W. Scott).



RESUMO DA LIÇÃO 05 


AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ 

I.- O CONCEITO DE VIUVEZ

1.- Definição.

2.- Exemplos nas Escrituras.  

II.- O ASPECTO SOCIAL DA VIUVEZ

1.- O desamparo na viuvez.

2.- O amparo da igreja.  

INTERAÇÃO




A viuvez é um estado social que abarca milhares de pessoas. É um processo natural da vida humana. Algumas pessoas lidam bem com esta nova realidade, mas outras têm a insegurança existencial que paralisam a sociabilidade e a espiritualidade da vida. Quando o cônjuge perde a sua companheira (ou o companheiro), significa o rompimento do ciclo de um convívio íntimo, intenso e profundo. Por isso que, quando a viuvez chegar, a pessoa enfrentará a dor, a solidão e a saudade do cônjuge que se foi. Para ajudar o irmão ou a irmã no estado da viuvez, temos a Palavra de Deus, a igreja local e a família para darem pleno apoio, consolo e carinho. Que haja amparo ao viúvo e a viúva na Casa do Senhor! 

OBJETIVOS 


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

·   Conceituar o estado da viuvez.

·   Descrever exemplos bíblicos de viuvez.

·   Destacar o aspecto social da viuvez. 

COMENTÁRIO


introdução 

Palavra Chave

Viuvez: 

Estado de viúvo ou viúva; sentimento de desamparo, privação e solidão. 

Além da morte, a Palavra de Deus trata com detalhes o tema da viuvez. Longe de ser um assunto simples, veremos que a viuvez, caso não seja devidamente tratada, pode trazer sérios problemas sociais, emocionais e espirituais. O estado de viuvez traz sofrimento à família inteira, pois uma nova realidade financeira, psicológica e espiritual delineia-se para o lar que perde o seu provedor. Diante dessa realidade, encontramos na Palavra de Deus o importante papel que a igreja local deve desempenhar a fim de ajudar o irmão ou a irmã em Cristo, junto à sua família, a superar o período doloroso da viuvez.  

I. O CONCEITO DE VIUVEZ



1. Definição. A viuvez é o estado social e psicológico de um cônjuge quando da morte do outro. Assim, viúva é a mulher cujo esposo faleceu e, no entanto, não voltou a contrair novas núpcias. Tal princípio é o mesmo em relação ao homem. O ponto mais problemático desse estado é superar a solidão que, advinda do processo do luto, pode comprometer a vida da viúva ou do viúvo. Exortam-nos as Sagradas Escrituras, porém, a não entregarmo-nos ao desespero, pois o Senhor cuida dos seus (Sl 146.9). 
2. Exemplos nas Escrituras. Na Bíblia Sagrada, dois exemplos de superação da viuvez são dignos de menção: 
a) A profetisa Ana.  A Palavra de Deus descreve uma mulher que passara pelo vale da viuvez e que, no entanto, jamais se entregou à inércia por causa de sua condição. A profetisa Ana, filha de Fenuel, da tribo de Aser, mesmo com idade avançada, decidiu não se afastar do Templo (Lc 2.36,37). Ela serviu ao Senhor dia e noite. E de coração grato, buscava ao Eterno com oração e jejuns. Buscar constantemente a Deus, a exemplo de Ana, é o melhor procedimento para superar a dor da viuvez. 
b) A viúva de Sarepta. Dizem as Escrituras que o Senhor escolheu a viúva de Sarepta para servir ao profeta Elias por um tempo determinado (Lc 4.25,26). Em 1 Reis 17, o profeta se preparava para exercer uma tarefa de proporção nacional. O que chama atenção do leitor nesse texto é a perseverança dessa viúva. De condições sociais precárias, ela se dispôs a abrigar um profeta perseguido por Acabe, Rei de Israel. A mulher de Sarepta não se abateu pelo fato de ser viúva, antes glorificou ao Senhor ao servir o profeta do Altíssimo. Esse é o propósito divino para a mulher ou o homem que se encontra na mesma condição: servir e honrar a Deus independentemente das circunstâncias (Mc 12.41-44; 1 Tm 5.5).  

SINOPSE DO TÓPICO (I) 

O conceito da viuvez se aplica quando do estado social e psicológico do cônjuge que sofre a perda do outro.  

II. O ASPECTO SOCIAL DA VIUVEZ  

A Bíblia Sagrada declara no Antigo Testamento: “Quando no teu campo colheres a tua colheita, e esqueceres um molho no campo, não tornarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos” (Dt 24.19); 
“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; E dirás perante o SENHOR teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci” (Dt 26.12-13). “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo” (Sl 68.5). “Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17). 
A Bíblia Sagrada declara no Novo Testamento: “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Tm 5.16). 
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27). 
Esses versículos tratam da responsabilidade do Corpo de Cristo em relação às pessoas viúvas. O aspecto social da vida de uma pessoa pode, significativamente, ser alterado com o estado da viuvez. Por isso, segundo as Escrituras, a igreja local não pode, em hipótese alguma, desobedecer a Palavra de Deus desamparando quem de fato é viúva ou viúvo. 
1. O desamparo na viuvez. A viúva ou o viúvo no Senhor deve servi-lo ainda que a sua condição não seja das melhores. Não obstante, a Bíblia ensina-nos que devemos auxiliar a pessoa que se encontra em dificuldades por causa da situação de viuvez (1 Tm 5.16). O Corpo de Cristo não pode se omitir diante de tais circunstâncias. Todos, indistintamente, e a partir da liderança, devemos ampará-los (At 6.1-7). 
2. O amparo da Igreja. Muitos são os textos bíblicos que chamam a atenção da igreja local para atuar socialmente junto às viúvas (Dt 24.19; 26.12,13; Sl 68.5; Is 1.17; 1 Tm 5.16). A Bíblia Sagrada declara no Antigo Testamento:
“Quando no teu campo colheres a tua colheita, e esqueceres um molho no campo, não tornarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos” (Dt 24.19); 
“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; E dirás perante o SENHOR teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci” (Dt 26.12-13). “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo” (Sl 68.5). 
“Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17). 
A Bíblia Sagrada declara no Novo Testamento: “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas” (1 Tm 5.16). 
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27). 
Esses versículos tratam da responsabilidade do Corpo de Cristo em relação às pessoas viúvas. Mas dois textos chamam-nos a atenção no cuidado às viúvas.
No primeiro, o profeta diz: “Não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no seu coração” (Zc 7.10).
E no segundo, o apóstolo Paulo fala ao líder: “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (1 Tm 5.3).
Aprendemos, portanto, pela Palavra de Deus, que as viúvas que se enquadram no que preceitua as Escrituras (1 Tm 5.5) devem ser honradas na Casa do Senhor. Tal amparo não pode ser apenas de palavras, mas de ação social, psicológica e espiritual. 


SINOPSE DO TÓPICO (II)  

O estado existencial da viuvez denota o desamparo social da viúva. Logo, a igreja local tem a função de ampará-la nesse processo. 


CONSIDERAÇÕES FINAIS  

“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” (Tg 1.27). Com essas palavras, Tiago, o irmão do Senhor, retrata exatamente o que Deus espera de nós, igreja. As viúvas devem ser atendidas em suas necessidades, pois “a fé sem obras é morta” (Tg 2.14-17). Por outro lado, os viúvos jamais devem se entregar à solidão e ao isolamento, mas viverem a vida que é o dom perfeito de Deus. Assim, servirão e honrarão ao Senhor como fizeram os santos do passado. 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA  


Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.




terça-feira, 17 de julho de 2012

LIÇÃO 4 - 3º TRIM. 2012 - SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL.


Lição 04
SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL  
22 de julho de 2012

TEXTO ÁUREO  

A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus;
e encheu-se a terra de violência”  (Gn 6.11). 

VERDADE PRÁTICA  

VIOLÊNCIA SOCIAL
A Igreja de Cristo deve acolher, com amor e hospitalidade, toda pessoa vítima de violência.  

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO

A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus;
e encheu-se a terra de violência”  (Gn 6.11)
VIOLÊNCIA URBANA
O texto áureo (Gn 6.11) está inserido na história de Noé (Gn 6 a 9), especificamente dentro do contexto das causas do dilúvio (Gn 6.1-13).
A terra estava “cheia de violência” (v.11). A raiz do termo “cheia” (timale’) aparece também em Gn 1.22 e 28. Deus ordenou o homem a multiplicar-se; o homem multiplicou-se, mas também, multiplicou-se a violência. A palavra hamam é violência, mal, injustiça, sendo mais comumente traduzida como “violência”. A palavra é, com freqüência, sinônimo de extrema impiedade. Foi um das causas do dilúvio (Gn 6.11,13), onde a palavra é paralela de ‘corrupção. 
O Senhor Jesus nos faz o seguinte alerta:"Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24:37-39).
Além do cotidiano comum existente nos dias de Nóe citado pelo Senhor Jesus, declara a Palavra de Deus claramente que a violência foi sem dúvida uma das causas fundamentais para o juízo de Deus: “Viu Deus a terra, e que estava corrompida, pois todas as pessoas haviam corrompido o seu caminho sobre a terra. Então disse Deus a Noé: O fim de todos seres humanos é chegado perante mim, pois a terra está cheia da violência dos homens. Destrui-los-ei juntamente com a terra” (Gn 6.13-14). 
Não há a menor dúvida de que vivenciamos dias como os de Nóe. Em tempos como este os homens casam e se dão em casamento, seguindo a normalidade da vida sem preocupar com o que Deus diz ou pensa, isto sem falar, no esfriamento do amor e na multiplicação da iniqüidade e da violência que se multiplica e acentua em todo planeta, isso tudo são apontamentos de que estamos mais perto da volta de Cristo do que possamos imaginar!
Não é possível fugirmos da violência, esse mal que assola a humanidade desde tempos imemoriais, e sofremos as conseqüências mesmo tendo sido regenerados em Cristo. A única maneira de minorarmos as conseqüências é levando Cristo ao mundo através do esforço evangelístico. Não podemos ficar indiferentes aos seus males, porque enquanto permanecermos neste mundo estaremos sujeitos às suas conseqüências. Todavia, não devemos esquecer-nos de que a nossa vida está escondida em Deus e nele estaremos sempre seguros. 

RESUMO DA LIÇÃO 04  

SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL 
I. A VIOLÊNCIA IMPERA SOBRE A TERRA
1. A origem da violência.
2. A multiplicação da violência.
3. A violência na sociedade atual.  
II. VIOLÊNCIA UM PROBLEMA DE TODOS
1. Quando o crente é perseguido.
2. A ação do bom samaritano.
3. A Igreja deve denunciar a violência através de ações. 

INTERAÇÃO  

A violência é um fenômeno desencadeador de sofrimentos e perdas na vida de qualquer pessoa, cristã ou não. Ela faz chorar, sofrer, irar-se e, até mesmo, revoltar-se, isso é humano e legítimo. Não há nada de demoníaco ou patológico nessas reações. Naturalmente, como qualquer revolta em relação a injustiça, a violência nos desafia a viver uma radicalidade do Evangelho até as últimas consequências. É doloroso saber que, mesmo servindo um Deus soberano e bondoso, podemos perder nosso ente querido vítima das maiores barbáries praticadas por aqueles que não têm o amor de Cristo no coração. É possível perdoar atos violentos? O que as Escrituras nos mostram? Qual a origem da violência?
O primeiro ato violento na história humana é oriundo da rebelião do primeiro casal, no Éden, mas multiplicou-se através de Caim, Lameque e todo o gênero humano. A igreja precisa conscientizar-se do seu papel acolhedor às pessoas vítimas da violência. 

OBJETIVOS  

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Explicar a origem da violência.
·   Compreender que a violência é um problema de todos.
·   Conscientizar-se do papel acolhedor da igreja. 

COMENTÁRIO 

introdução  
Palavra Chave 
Violência: 
Qualidade do que é violento; ação de empregar força física ou intimidação moral contra alguém; ato violento.  
I. A VIOLÊNCIA IMPERA SOBRE A TERRA  
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS.
1. A origem da violência. As Escrituras Sagradas mostram que a violência é o resultado direto da rebelião de Adão e Eva contra Deus (Gn 3.4-24; 6.5). Neles, toda a humanidade fez-se pecadora (Rm 3.23). Logo após a queda, seus filhos apresentaram ofertas ao Senhor: as de Abel foram aceitas, mas as de Caim, rejeitadas (Gn 4.3-5). Isso levou Caim a matar Abel, protagonizando o primeiro homicídio da história. Estava inaugurada a violência sobre a face da terra. 

2. A multiplicação da violência. O ato de Caim revela a natureza da humanidade que, agora arruinada pelo pecado, comete violência sobre violência (Sl 14.1-3; Rm 3.10-18). Sua disposição para o mal é evidenciada em Lameque que, além de matar dois homens, louva os próprios crimes (Gn 4.23). A violência generalizou-se de tal forma, que constrangeu a Deus a destruir o mundo antigo pelas águas do dilúvio (Gn cap. 6). Apenas Noé e sua família são poupados. Foi com pesar que o Senhor decretou o fim da primeira civilização humana: “Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gn 6.7).  
3. A violência na sociedade atual. Apesar das políticas públicas contra a violência, as estatísticas envolvendo assassinatos, lesões corporais, estupros, roubos, etc, aumentam anualmente de forma assustadora. Vivemos dias semelhantes aos de Noé. Por isso, a Igreja de Cristo, como sal da terra e luz do mundo, deve postar-se como a voz profética de Deus contra todos os tipos de violência. Não podemos nos conformar com o presente século (Rm 12.1,2).

SINOPSE DO TÓPICO (I) 
Desde que o primeiro casal pecou, a violência impera sobre a Terra através da maldade humana.  
II. VIOLÊNCIA, UM PROBLEMA DE TODOS

VIOLÊNCIA NO TRANSITO
1. Quando o crente é perseguido. Há formas de violência que, embora não agridam fisicamente, são mental e emocionalmente destrutivas. Entre as mais comuns, encontram-se a tortura psicológica e o assédio moral, ambos extremamente danosos, podendo levar a vítima a danos irreversíveis (Sl 73.21). O que dizer, portanto, das perseguições que muitos crentes piedosos sofrem no trabalho e na escola em virtude de sua postura moral e espiritual?
Quando isso acontecer, lembre-se das palavras de Jesus: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5.10-12).
O Senhor é poderoso para transformar esse quadro e mostrar a todos que Ele zela por seus filhos (Sl 42.5,11; 62.5). 
2. A ação do bom samaritano. O Senhor Jesus contou, certa vez, uma parábola cujos personagens centrais são um samaritano e um israelita que fora espancado por salteadores (Lc 10.25-37). A vítima foi ignorada até mesmo por um levita e por um sacerdote (10.31,32). Todavia, o samaritano, alguém abominado pela nação judaica (Jo 4.9), compadeceu-se do israelita, socorreu-o e responsabilizou-se por seu tratamento. Nessa parábola, há uma importante mensagem para a Igreja de Cristo. Devemos cuidar e amparar as vítimas da violência.  
3. A Igreja deve denunciar a violência através de ações. Todas as pessoas, crentes ou ímpias, estão sujeitas à violência. Por isso, a Igreja do Senhor deve empreender ações para auxiliar as vítimas a superarem os traumas provenientes de atos violentos. Em primeiro lugar, clamemos a Deus para que a nossa cidade tenha paz e que os homens públicos cumpram o seu dever com ações preventivas contra a violência (1 Tm 2.1,2,8). Em segundo lugar, preparemo-nos para acolher devidamente os que sofreram algum tipo de violência, oferecendo-lhes conforto espiritual, moral e emocional (Lc 10.36,37). 
SINOPSE DO TÓPICO (II) 
A ação do bom samaritano nos estimula a perceber que a igreja deve denunciar os atos de violência através de sua ação acolhedora. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS                                                              
Você já foi vítima de alguma forma de violência? Saiba que Deus se importa com você. Ele o ajudará a superar os traumas e dará novo rumo para a sua vida. Não se desespere, nem se deixe vencer pela tristeza. Afinal, temos conosco, e em nós, o divino Consolador. Somente Ele pode transformar nosso pranto em riso. Amém. 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA  

RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.